20º domingo do tempo comum – Ano B
Inserido na comunidade humana, assiste a todo o homem um conjunto de direitos e deveres que não podem ignorar-se. Porque filho e imagem do próprio Deus, ele é, entre todas as criaturas, o que de mais digno existe. Porque todos são indistintamente «chamados à salvação», a todos deve ser presente o anúncio do Evangelho, o que pressupõe, da parte do cristão, um compromisso inadiável com a vida dos membros da comunidade e o correr o risco duma escolha – «por Mim, ou contra Mim» e «o que fazes ao mais pequeno dos teus irmãos é a mim que o fazes», seja no campo material, seja no espiritual. Aliás, um sem o outro, são irrealizáveis, já que o homem é um todo único e indivisível.
Na Eucaristia celebramos, de modo excelente, esta unidade dando-nos mutuamente as mãos. Comemos do mesmo pão, bebemos do mesmo cálice.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª LEITURA – Livro dos Provérbios ( 9, 1-6 ) – Personificada numa dona de casa, a Sabedoria de Deus convida os homens a participarem do seu banquete. No Antigo Testamento, a Palavra de Deus é frequentemente comparada a um banquete oferecido aos homens. O pão e o vinho são tidos como símbolo do alimento que dá a vida em plenitude. A imagem do banquete assume maior expressão na Eucaristia que nos é dado celebrar.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 33 (34) – Saboreai e vede como o Senhor é bom
2ª LEITURA – Epístola de São Paulo aos Efésios ( 5, 15-20 ) – Deus criou o homem livre e não quer sobrepor-se a essa liberdade. Deixa a cada um a possibilidade de fazer as suas opções. Porém, uma escolha consciente só é possível, tendo presente determinada hierarquia de valores que ajudará a decidir, não apenas acerca do acto, como também do tempo próprio para o realizar.
EVANGELHO – São João ( 6, 51-58 ) – A ceia pascal judaica estava intimamente ligada à libertação dos hebreus da escravatura egípcia. Ao comerem a Páscoa, os judeus tinham consciência de serem o povo libertado por Deus. Cristo associa também os discípulos à Sua morte redentora. Os participantes na celebração eucarística, ao comerem o pão e beberem o sangue derramado na cruz pela multidão dos homens, reconhecem-se no povo redimido por Cristo.
Padre Toninho
Canção Nova Portugal
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