LITURGIA DOMINICAL | 16º domingo do tempo comum – Ano B

A época que vivemos, desenrola-se sob o signo da velocidade, da pressa. Estabelecermos uma paragem para reflexão sobre os nossos juízos de valor e critérios de apreciação é, não apenas útil, mas necessário. Nem sempre, da opção por uma ideologia filosófica, política ou religiosa, se poderá dizer que é um acto consciente e responsável do homem. Outro tanto se pode afirmar da facilidade com que julgamos os actos dos nossos irmãos na fé. Impõe-se, pois, a cada um de nós, uma comparação entre os nossos critérios de julgamento e de acção e os de Cristo.

 

LITURGIA DA PALAVRA

1ª LEITURA – do Livro de Jeremias ( 23,1-6 ) – Os reis e sacerdotes judeus frequentemente nos aparecem, na Bíblia, sob a designação de pastores. Na dispersão do povo judeu vê o profeta Jeremias o fracasso dos pastores. Simultaneamente procura criar no povo a esperança no aparecimento de um outro pastor que não disperse, nem deixe perder, mas ao contrário conduza à vida. Deus estará nele.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 22(23) – O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

2ª LEITURA – da Epístola de São Paulo aos Efésios ( 2,13-18 ) – A reconciliação que Jesus trouxe ao mundo aproximou os povos separados. No tempo de Cristo, um caso se apresenta como modelo-tipo da inimizade existente entre os homens. Judeus e pagãos odiavam-se reciprocamente. A lei e as prescrições judaicas, constituíam barreira intransponíveis. Inúmeras barreiras separam ainda hoje o Ocidente do Oriente, crentes e descrentes, protestantes e católicos, ricos e pobres. O anúncio do Evangelho recomenda o amor de Deus entre os Homens, o perdão, a reconciliação, a paz.

EVANGELHO – São Marcos ( 6,30-34 ) – Os Apóstolos, no regresso da sua pregação, fazem ao Senhor um relato pormenorizado dos sucessos alcançados na missão apostólica que lhes fora confiada. Entretanto Jesus convida-os à reflexão. Um tempo de paragem é absolutamente indispensável para o retempero das forças e para o estabelecimento duma íntima união com Deus. É ainda necessário para ouvir os outros e penetrar nos seus problemas.

Padre António Justino
(Padre Toninho)
Canção Nova Portugal