O Senhor fala-nos «de muitas e variadas formas». – No silêncio da noite, ou no bulício do dia; na mulher que se desfaz em lágrimas ou na criança que brinca -. A voz de Deus manifesta-se nos mais insignificantes acontecimentos. Todas as coisas são imagem de Deus, se bem que imperfeitas. Em todas elas é Cristo que opera e nelas se comunica. Interroguemo-nos pois sobre a atenção que nos tem merecido essa voz de Deus e, muito particularmente, a Palavra ouvida e lida na Sagrada Escritura.
LITRURGIA DA PALAVRA
1ª LEITURA – Profecia de Amós ( 7,12-15 ) – O sacerdote do Templo real de Betel, pretende que o profeta Amós se comporte como um profissional e portanto se cale às injustiças do rei, para melhor poder ganhar a vida. Mais ainda: pretende que a religião sirva de amparo e protecção ao próprio rei. Amós, porém, no cumprimento da sua missão profética, denuncia os erros e injustiças do rei. Como defendemos nós a liberdade da Igreja, perante qualquer governo, ou corrente política, para, sem compromissos, poder anunciar na íntegra, o Evangelho?
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 84 (85) – Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor e dai-nos a vossa salvação.
2ª LEITURA – Epístola aos Efésios ( 1,3-14 ) – Em forma de bênção São Paulo expõe o conteúdo do mistério cristão, ou seja do plano salvífico, pelo qual Deus salva todos os homens, judeus e pagãos, em Cristo e por Cristo. A realização deste plano salvífico pressupõe o enquadramento de cada um de nós, no mundo, em ordem a um apostolado activo e consciente.
EVANGELHO – São Marcos ( 6,7-13 ) – Não tendo sido pessoalmente aceite, em Nazaré, Jesus tenta, mais uma vez, a conversão dos galileus, enviando-lhes agora os discípulos. Como a proclamação da Palavra se deve revestir de força libertadora, não pode apresentar-se com um carácter espetacular. O testemunho evangélico não se apoia em qualquer forma de influência social. Daí a humildade, na apresentação e na pregação, recomendada por Jesus aos discípulos.
Padre António Justino
(Padre Toninho)
Canção Nova Portugal
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