«Porque sou fraco é que sou forte», diz São Paulo. Da passagem de um estado de violência à não violência nasce a paz, que é triunfo do amor sobre o ódio. Afirmação da supremacia deste amor é, de si, o Evangelho. Muitos são, todavia, os obstáculos que se erguem, opondo-se tenazmente à expansão da Mensagem Evangélica. Por um lado, o comodismo do homem. Por outro, a divulgação, cada vez mais generalizada, de correntes ideológicas-filosóficas de tendências materialista. Deixar cair os braços não é digno do cristão.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª LEITURA – Profecia de Ezequiel ( 2, 2-5 ) – Apesar das muitas infidelidades do povo eleito, o Senhor não o deixa só, ao abandono, no exílio. Envia-lhe o profeta Ezequiel que falará em Seu nome. O povo tem um profeta consigo e poderá converter-se ao Senhor e encontrar de novo a amizade perdida – a união com Deus. O Senhor perdoa sempre – até ao fim. Procedemos de igual modo para com os nossos irmãos?
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 122 (123) – Os nossos olhos estão postos no Senhor, até que Se compadeça de nós.
2ª LEITURA – Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios ( 12, 7-10 ) – São Paulo tem consciência de que as contrariedades e mesmo alguma doença que porventura o persiga, são um poderoso auxílio para vencer o orgulho e vaidade pessoais. Sem a ajuda de Cristo nada seria, reconhece o Apóstolo, nem teria levado por diante, só por si, a obra evangelizadora no mundo pagão. A tentação do triunfalismo espreita-nos a toda a hora. Esquecemo-nos de que boa parte do mérito das nossas acções se deve ao Senhor. Por outro lado devemos aceitar, com espírito cristão, as dificuldades do dia-a-dia, como vindas de Deus.
EVANGELHO – São Marcos ( 6, 1-6 ) – Os habitantes de Nazaré admiram-se com a ciência de Jesus. «É lá possível que o filho do carpinteiro José e de Maria esteja tão familiarizado com as Escrituras Sagradas?!». Profundamente marcados por um desmedido orgulho recusam-se a aceitar Jesus como profeta e enviado de Deus. Porém o mesmo Deus escolhe os fracos e humildes para confundir os poderosos e soberbos.
Padre António Justino
(Padre Toninho)
Canção Nova – Portugal
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