LITURGIA DOMINICAL | 10º Domingo do Tempo Comum – Ano B

A luta entre o bem e o mal não é de hoje, nem de ontem. A dúvida e a insegurança acompanharam o homem, desde a sua criação. É um facto real. Não é tudo, porém, já que o homem não está só. A seu lado caminha o Senhor Deus que com o homem sofre, morre e ressuscita, interessa-se por todos e cada um dos homens vindo ao encontro das suas necessidades e anseios. Convida a todos a perseverarem na fé inalterável que salva e a comprometerem-se na realização concreta do bem, da paz e da justiça entre os homens.

LITURGIA DA PALAVRA

1ª LEITURA –  Leitura do Livro do Génesis ( 3,9-15 ) – Perdida a amizade divina, pelo pecado, o homem e a mulher encontram-se reduzidos à sua condição de seres limitados e vêem crescer em si o orgulho e a fuga à responsabilidade. O homem acusa a mulher. Esta desculpa-se com a serpente. Apesar disso, o Senhor promete o triunfo final do bem que há-de vencer a injustiça, o egoísmo. Jesus Cristo realizará a salvação de cada homem, e de toda a humanidade.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 129 (130) – No Senhor está a misericórdia e abundante redenção.

2ª LEITURA – Leitura da Segunda Epístola do Apóstolo São Paulo aos Coríntios ( 2 Cor. 4, 13 – 5,1) – Os sofrimentos do dia a dia não preocupam o Apóstolo São Paulo. Nem tão pouco o atormenta a condição de ser mortal, pois deposita toda a sua esperança no Senhor que lhe concederá uma morada eterna. Por isso, nos recomenda uma atenção especial para os bens do espírito, para aquilo que não se vê, mas é duradoiro.

EVANGELHO – Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos ( 3, 20-35 ) – Jesus é objecto de toda a espécie de calúnias. Os escribas vão ao ponto de O acusarem de pactuar com Belzebu o príncipe dos demónios. Nem por isso Jesus deixou de levar por diante a missão que o Pai lhe confiara – a implantação do Reino de Deus entre os homens. Muitos irmãos nossos lutam hoje contra o mal: contra o racismo, as torturas, as injustiças e a privação de liberdade. E também estes são acusados de estabelecerem a anarquia entre os homens. Colocamos nós a vontade de Deus acima de tudo?


Padre António Justino

(Padre Toninho)
Canção Nova Portugal