“Este ano é com muita alegria que a Diocese de Aveiro acolhe o FEJ porque também nós queremos estar neste diálogo ecuménico e religioso porque a pessoa humana tem dignidade por ela própria”, disse D. António Moiteiro.
Para o bispo de Aveiro, para além da fé ou da nação a que cada pessoa pertence, a “dignidade de vida une” e “está na base do diálogo”.
O diretor do Departamento da Pastoral Juvenil da Diocese de Aveiro disse que foi “uma responsabilidade e uma alegria” preparar o FEJ e acolher jovens cristãos, curiosos por conhecer outras Igreja.
“Os jovens católicos manifestaram curiosidade diante do FEJ, do tema do ecumenismo e por conhecerem cristãos que que acreditam em Cristo mas um bocadinho de maneira diferente de nós”, disse o Pe. Leonel Abrantes.
A XVIII edição do Fórum Ecuménico Jovem (FEJ) realizou-se este sábado, 12 de novembro, no Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro, e teve por tema «Dai-lhes vós mesmos de comer», escolhido no contexto do Ano Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar.
Para o padre João Gonçalves, que apresentou o tema aos 300 participantes no FEJ, a frase de Jesus dá “uma ordem” e desafiou os jovens a estarem a tentos “a todos o tipo de fomes”, assumindo compromissos num setor muitas vezes deixado para quem é mais velho.
“Este setor da caridade, do fazer bem, visitar os doentes, os presos, está muito nas mãos de idosos. E os jovens são tão voluntariosos que dito isto nesta assembleia pode torna-los mais voluntários, olhando para o lado, para as periferias, onde estão pessoas que o são como nós todos, com a mesma dignidade”, disse o coordenador da Pastoral Penitenciária em Portugal à Agência ECCLESIA.
Para D. Sifredo Teixeira, presidente do Conselho Português das Igrejas Cristãs (COPIC), a escolha do tema relacionado com o Ano Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar é uma oportunidade colocada aos jovens de “rever o modo de vida” e “evitar o desperdício”.
“Como cristãos, celebrámos a vida que Deus nos dá e respeitarmos aquilo que nos é oferecido de tal modo que não haja desperdício, mas solidariedade e partilha. Para os jovens esta é uma oportunidade importante e que muitos valorizaram, pela participação de jovens das várias Igrejas”, sublinhou o bispo da Igreja Metodista.
Para o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), padre Eduardo Novo, o encontro de jovens cristãos, de diferentes Igrejas, mostra que há um “caminho já trilhado” no diálogo ecuménico entre a juventude, hoje legado a outros jovens que assumem o “compromisso de serem capacidade de encontro, diálogo e construção com os outros”.
Para o padre Tony Neves, que esteve na organização e participou nas 18 edições do Fórum Ecuménico Jovem, há bons “danos colaterais” desta iniciativa, porque os jovens têm uma “espiritualidade e uma mentalidade mais ecuménica”, participam mais no Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos, em encontros de Taizé e “sabem o que são as questões ecuménicas”.
O Fórum Ecuménico Jovem nasceu com o objetivo comum de pensar o trabalho ecuménico com os jovens através de representantes dos departamentos juvenis de várias das Igrejas cristãs com presença histórica em Portugal que reuniram-se pela primeira vez no Seminário de Leiria, em 1999, quando foi criada uma equipa ecuménica juvenil.
Fonte: Agência Ecclesia
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