Mensagens de bispos diocesanos nas Missas transmitidas nas redes sociais
A Igreja Católica começou hoje a assinalar a Semana de Oração pelas Vocações Consagradas, que decorre até ao dia 3 de maio e tem por tema “As palavras da vocação”, iniciativa referida nas homilias das Missas deste domingo.
“Queremos rezar a Cristo Bom Pastor que dê à sua Igreja pastores segundo o seu coração” foram estas as palavras do bispo do Algarve, nos momentos iniciais da Eucaristia a que presidiu, evocando também a Senhora da Piedade venerada em Loulé como a Mãe Soberana e que teria este domingo a sua festa.
No final da eucaristia, D. Manuel Neto Quintas rezou a oração da Semana de Oração pelas Vocações Consagradas que se iniciou este domingo.
O bispo de Angra lembrou que o apelo vocacional é “um tempo importante” que desta vez, dadas as circunstâncias, é vivido em família,
D. João Lavrador disse aos pais que “o melhor contributo” que podem dar aos filhos é ajudar a que “descubram a sua vocação junto do Senhor, na oração, na meditação, nesse encontro interior”, desafiando os catequistas a colaborar nesta descoberta
“Procurai, de uma maneira mais intensa nesta semana, perguntar-vos na vossa oração junto Senhor o que é que ele quer de vós” e que os pais e educadores ajudem a descobrir a vontade Deus acerca de cada um”, disse o bispo de Angra no fim da celebração deste domingo.
Na diocese castrense, D. Rui Valério pediu aos militares e elementos das forças de segurança que “sejam eles próprios o pão partido e repartido pelos irmãos para que o mundo reconheça hoje novamente o Cristo Vivo e em ação na vida quotidiana”.
Na Arquidiocese de Braga, D. Jorge Ortiga pediu “coragem” aos que se questionam perante a sua vocação, considerando que “é esta atitude positiva que importa ter no discernimento vocacional”.
“Temos de retirar os medos e arriscar”, afirmou o arcebispo e Braga na homilia da Missa do III Domingo da Páscoa, acrescentando que é importante “rezar para criar ambiente de resposta” e que os cristãos devem sentir-se responsáveis pelas vocações consagradas na Igreja.
Na diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro rezou “pelos que andam à procura e pelos que já se encontraram” destacando a importância da fidelidade para quantos seguem uma vocação
O bispo de Bragança-Miranda referiu que a vocação consagrada significa “ser com Cristo” e “não tanto o que se faz em Seu nome” e, sublinhando as palavras do Papa, disse “coragem, louvor e gratidão” que devem enquadrar toda a vocação consagrada”
Num dia em que a liturgia evocava o episódio dos discípulos de Emaús, o Bispo da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança disse que a experiência da Ressurreição se faz “na vida diária, seja a distribuir alimentos às irmãs e aos irmãos Sem-Abrigo, seja a acolher migrantes, seja a zelar pela salvaguarda da defesa e da segurança da nação ou a apoiar na luta contra o famigerado vírus”.
Na Arquidiocese de Évora, D. Francisco Senra Coelho propôs a quem o acompanhava na Missa transmitida a partir da residência episcopal que ofereça “os sacrifícios destes dias de confinamento e incerteza, pelo dom das vocações consagradas”.
No início da semana de oração, o Arcebispo de Évora reconheceu que precisa de operários para a “sua Messe”, no Alentejo.
O bispo da Guarda agradeceu o dom da vocação porque “orienta pela rota certa no mar encapelado do mundo” atual e, recordando as palavras do Papa Francisco, disse que “gratidão, coragem e louvor” são três palavras chave na abordagem vocacional.
D. Manuel Felício falou destacou a coragem de assumir uma vocação, em circunstâncias em que “está muito espalhada a ideologia de que não pode haver opções de vida com carácter definitivo”, e pediu aos jovens da sua diocese que tenham “a coragem para se deixarem interpelar pelo Senhor da mesma messe e não tenham medo de lhe dizer que sim, seja qual for o caminho que ele lhes aponte”.
Na Eucaristia que presidiu na sua residência, o bispo de Leiria-Fátima salientou que todas as vocações são dons de Deus para fazer chegar a todos “a esperança do seu amor”.
O cardeal D. António Marto afirmou que as vocações “só florescem em comunidades vivas onde há calor e testemunhos vivos”, acrescentando que esta Semana de Oração não se esgota nas vocações de especial consagração, mas evoca também as vocações ao matrimónio “para as quais é hoje necessário coragem para dizer sim ao Senhor”, afirmou
No Patriarcado de Lisboa, D. Manuel Clemente falou de um “tempo especial” ao referir-se ao início da semana de oração vocacional durante a homilia da Missa que presidiu na Igreja de Cristo-Rei da Portela, recordando aqueles que fizeram a escolha vocacional pela consagração e que hoje, passados anos, permanecem “sem nenhuma limitação do coração”, apesar das “limitações físicas” e ajudam a “ir para a frente na tradição evangélica”.
“Peçamos por aqueles que se sentem vocacionados. Nunca se é vocacionado para si. É-se sempre vocacionado para os outros. Que à maneira de Jesus Cristo e como estes discípulos, que Ele reencontrou e que O reencontraram, sejam no mundo um sinal de uma Páscoa que está aí, para entrar nas vossas casas, entrar nas vossas famílias, ultrapassar os vossos isolamentos e, com o Espírito de Jesus Cristo, ganhar outra alma, precisamente na entrega e no interesse mútuo que aconteça”, afirmou.
Na diocese de Setúbal, D. José Ornelas sublinhou o início da Semana de Oração pelas Vocações lembrando os seminaristas e pré-seminaristas, “gente que faz uma caminhada na vida, uma caminhada de discernimento e uma caminhada de busca”.
Numa celebração a partir da Igreja de S. Sebastião, em Setúbal, a atenção de D. José Ornelas foi também para os escuteiros da região que estavam a concluir os seus Jogos da Primavera, este ano decorrer de forma “contida e imaginativa”, como lembrou o Bispo de Setúbal.
“Tragam o lenço bem gasto, apanhando sol e chuva, pois é sinal do serviço”, disse o bispo de Setúbal, pedindo-lhes para “estar na primeira linha” de quem se oferece para “repartir o pão, para os peregrinos e deserdados que estão aumentando a toda a volta” e para participar na reabertura das igrejas “com rosto renovado”, para “acolher quem quer que precise, que busque, que esteja em qualquer dificuldade, para acompanhar”.
A Igreja Católica celebra de hoje a 3 de maio a Semana de Oração pelas Vocações Consagradas, uma iniciativa anual que em 2020 decorre num contexto inédito, por causa da pandemia de Covid-19.
“Aconselhamos que, durante esta semana, sejam privilegiadas a oração pessoal e familiar, sem esquecer a oração sempre constante das comunidades religiosas”, escreve D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real e presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM), na sua mensagem para esta celebração.
Fonte: Agência Ecclesia
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