Dia Mundial do Refugiado intitulado «Com os refugiados. Estamos do lado de quem é obrigado a fugir»
A diretora do secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) destaca que hoje a instituição católica convida os portugueses à oração e explica que estão “sempre juntos dos refugiados”, preferencialmente, apoiando-os nos “países de origem”.
“Estamos verdadeiramente empenhados e sempre que chega um projeto de um país onde há estas necessidades temos estado, e queremos estar, junto destas pessoas dando o apoio básico desde comida, roupa, habitação”, assinalou Catarina Martins no âmbito do Dia Mundial do Refugiado que se celebra hoje.
A responsável da AIS em Portugal exemplifica que no Iraque onde as pessoas “foram desalojadas, despojadas de tudo” estão a ajudar na recolocação em casas para que “possam ter alguma dignidade e sair dos campos de refugiados” e também estão presentes na Síria, Líbano, Jordânia, Nigéria ou República Centro-Africana.
Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas (ACNUR) há, atualmente, cerca de 65,3 milhões de pessoas refugiadas, requerentes de asilo ou internamente deslocadas, a maior crise de migrações desde a 2.ª Grande Guerra Mundial e mais de metade são da Síria, Afeganistão e Somália; A organização da ONU tem a decorrer a petição #ComOsRefugiados.
“É uma situação que não estamos a ver o fim. Quando estamos na Europa e sabemos que estes milhões de pessoas querem chegar mas também há muitos milhões, nos seus próprios países, que querem ficar e precisam de ajuda porque muitas vezes são esquecidos por todos”, observa Catarina Martins.
A diretora do secretariado português da AIS contextualiza que existem países, como o Sudão do Sul ou o Mali, onde “há milhões de refugiados” e não se ouve falar deles.
“Não podemos ficar indiferentes ao que está a acontecer hoje, esta grande crise dos refugiados”, acrescentou, recordando que a fundação pontifícia desde o início tem estado “junto dos refugiados”, primeiro no Leste, após a Segunda Guerra Mundial e ao longo dos anos têm “sempre” apoiado “momentaneamente”.
‘Com os refugiados. Estamos do lado de quem é obrigado a fugir’, é o tema deste ano do Dia Mundial do Refugiado que foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000 com o propósito de consciencializar os governos e as populações para essa situação.
Catarina Martins sublinha que o Dia do Refugiado existe “exatamente” para que não sejam esquecidos e como instituição católica a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre vai marca-lo “rezando pela dignidade destas pessoas” para que “sejam tratadas com justeza”.
O Fórum de Organizações Católicas para a Imigração e Asilo (FORCIM) propõe uma oração para assinalar hoje o Dia Mundial do Refugiados.
“É extremamente importante alertar todos que estas pessoas existem e não podemos fechar os olhos, ignorá-las, e achar que não é connosco, porque é connosco”, acrescenta ainda a diretora do secretariado português da AIS.
Na sexta-feira, os 22 secretariados da Ajuda à Igreja que Sofre apresentaram a campanha mundial ‘Seja a misericórdia de Deus’, que vai ser desenvolvida ao longo de quatro meses, até 4 de outubro, está dividida em quatro grandes áreas – “Apóstolos; lugares; frutos e necessidades de misericórdia”.
Fonte: Agência Ecclesia
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