A Igreja Católica celebra entre hoje e 30 de outubro a Semana Nacional de Educação Cristã 2016, propondo uma educação “integral” para o “desenvolvimento harmonioso das pessoas”.
“A educação integral é essencial para promover o desenvolvimento harmonioso das pessoas e para alicerçar a justiça, a paz e o bem-estar das sociedades. Portanto, é pela educação que podemos preparar um futuro com esperança”, escreve a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, em documento enviado à Agência ECCLESIA.
Na nota pastoral ‘Educar – propor caminho para uma vida plena’, o organismo sublinha que educar é “uma tarefa gratificante sem deixar de ser complexa e árdua”.
Os bispo que constituem a comissão consideram que perante a “emergência da educação” todos têm a missão de colaborar e, nesse sentido, em nome da Igreja e apoiados pelo seu “rico património espiritual, humanista e moral” querem contribuir apresentando alguns critérios em ordem a “educar para o desenvolvimento pessoal integral” e para a participação livre e “responsável na construção de uma sociedade justa e fraterna”.
Neste contexto, o documento publicado no âmbito da Semana Nacional da Educação Cristã, que se realiza entre hoje e 30 de outubro, apresenta quatro pontos essenciais.
No primeiro “Educar é pôr a caminho” os prelados começam por assinalar que “educar é conduzir no caminho do bem e da verdade” e não tendo apenas o propósito de “atingir uma determinada etapa ou patamar” é dinâmica, é aprender a caminhar, a progredir, “a crescer continuamente para a plenitude”.
“Educar é propor referências” é o segundo item e a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé considera que uma das lacunas da educação é a “ausência de referências que permitam o discernimento entre a retidão e os desvios, entre o bem e o mal”.
A Nota Pastoral assinala que a educação cristã tem Jesus Cristo como “referência e guia do caminho novo” e na sua matriz essa educação encontra uma ligação com a realidade e “um enraizamento concreto na história humana”.
A educação cristã “tem necessariamente uma dimensão comunitária”, por isso, o terceiro ponto essencial destaca que “educar é promover a fraternidade e a comunidade”, o diálogo e a integração.
“Não se deixar tentar pela mentalidade maniqueísta que divide a sociedade em bons e maus, julgando como maus «os outros que não pensam como nós»”, observam os bispos da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé.
O quarto ponto refere que “educar é formar agentes de mudança e de transformação social”, incentivar a sonhar um mundo novo, “mais justo e fraterno, e a entregar-se, corajosamente, ao serviço deste sonho”.
Fonte Agência Ecclesia
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