HOMILIA 12 JULHO | “Precisamos escutar os simples e pequenos, como Francisco e Jacinta, e de atender os gritos das vítimas das tragédias.”

D. António Augusto de Oliveira Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto presidiu à Eucaristia e na sua homilia referiu a gratidão a Deus pelo dom de Fátima pois tem constituído ao longo dos últimos cem anos um grande sinal de Deus para a Igreja e para o mundo e que neste santuário experimentamos a riqueza de sermos povo de Deus e a força de sermos Igreja verdadeiramente católica. “Junto com Maria sentimos como é importante vencer as tentações dos particularismos de indivíduos ou grupos, de superar focos de divisão e de nos congregarmos na unidade porque há «um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos». (Ef 4,5).

O Bispo Auxiliar do Porto referiu ainda que a peregrinação que cada um faz para Fátima deve fazer-nos mais conscientes da verdade da nossa missão de cristãos e de protagonistas da história do nosso tempo.

Usando as palavras do jovem Azarias que sofria grande provação na fornalha ardente, D. António Augusto de Oliveira Azevedo disse assim sermos nós ao invocarmos a misericórdia de Deus porque sabemos que só ela nos sustenta.

O Bispo afirmou ainda que “não podemos andar distraídos diante dos que semeiam palavras de divisão e gestos de ódio e dos que querem condicionar a liberdade e a justiça. Precisamos sobretudo de escutar os profetas, aqueles que, inspirados por Deus, apontam verdadeiramente o futuro; precisamos de aprender com os simples e pequenos, como os santos pastorinhos, Francisco e Jacinta e de atender os gritos dos pobres e das vítimas das várias tragédias que assolam o mundo.
Para que este seja um tempo e um lugar de misericórdia, importa que nos abeiremos de Deus com um «coração arrependido e um espírito humilhado». Assim o Senhor nos acolherá, a nossa oração lhe será agradável e Ele preencherá os nosso vazios com a abundância da sua misericórdia, enriquecendo-nos com o seu perdão e a sua paz.”

D. António Augusto de Oliveira Azevedo terminou esta homilia desafiando os jovens para que não tenham medo pois Deus está com eles, deixou também um apelo àqueles que, com uma fé débil e confusa, busquem a Deus e esperam nele pois Deus nunca nos desilude e, finalmente, uma palavra aos peregrinos dirigindo a mensagem de S. Paulo: «Vivei de maneira digna do Evangelho de Cristo».