HOMILIA 12 AGOSTO | “O Pão da Vida faz-nos abrir os olhos para além do aqui e do agora”.

A peregrinação aniversária de agosto é dedicada aos migrantes e refugiados e na homilia da missa Cardeal D. Arlindo Gomes Furtado, Bispo de Santiago de Cabo Verde foi referindo que estando na 46ª Semana Nacional das Migrações  reunidos no Santuário de Fátima a Mãe quer que sintamos o seu aconchego e ouvirmos os seus conselhos. Quer falar-nos ao coração  para nos fazer sentir o calor do seu amor; quer fortalecer a nossa vontade, para sermos determinados e perseverantes na caminhada.

Aos Migrantes e Refugiados, refere que de um modo providencial, as leituras vêm ao encontro das razões do tema da peregrinação deste mês, sinal de conforto para quem está longe das suas terras de origem.

O Cardeal D. Arlindo Gomes Furtado afirmou que “Jesus nos ensina que se devemos procurar garantir o pão quotidiano, aliás perecível, para vivermos com dignidade e com energia para as nossas tarefas neste mundo, com muito mais razão nos devemos empenhar por obter o pão que vem do céu, que não é perecível, que é o próprio Jesus, e que dá a vida eterna, meta da nossa existência.”

“Os ouvintes de ontem e de hoje que desconhecem a realidade do verdadeiro Deus e do verdadeiro homem, Enviado do Pai para a salvação, não o aceitam e recusam o pão da vida eterna. Se o conhecessem de verdade, aceitá-lo-iam, com certeza.”

Aos Imigrantes, o Bispo de Santiago de Cabo Verde falou da importância da segunda leitura, a carta aos Efésios para que  “seja eliminado do meio de vós tudo o que é azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência e toda a espécie de
maldade”, de nos libertar-nos das paixões negativas. E que alimentados pelo Pão Vivo seguiremos o caminho apontado na mesma leitura ““Sede bondosos e compassivos uns para com os outros e perdoai-vos mutuamente, como Deus também vos perdoou em Cristo. Sede imitadores de Deus como filhos muito amados. Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo…”

Para D. Arlindo Gomes Furtado esta é a Esta é que é a “conduta de um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre, na terra de origem ou na diáspora…”

“É assim que a presença do outro, de perto ou de longe, nacional ou estrangeiro, simpático ou antipático, crente ou não, a presença do outro – dizia – deve ser para um seguidor de Cristo um encontro em humanidade e uma oportunidade de testemunho de como é bom viver ao estilo de Jesus Cristo.