São duas epidemias de consequências devastadoras: o coronavírus e a perseguição religiosa. Nesta Quaresma, a Fundação AIS volta a lembrar aos portugueses que é importante não esquecer o drama dos Cristãos perseguidos no mundo por causa da sua fé. Um drama que se acentua ainda mais em muitos países dadas as consequências devastadoras que a epidemia do coronavírus está a provocar também ao nível económico.
As comunidades cristãs, nos países onde a Igreja mais sofre, são normalmente muito pobres, dependendo de trabalhos ocasionais, duros e mal pagos. Trabalhos que permitem apenas a mera subsistência. A crise económica motivada pelo Covid19 está a arrastar muitas dessas famílias cristãs para uma situação aflitiva de pobreza total.
Rezar o Terço durante a Quaresma por todos os que sofrem é a proposta da Fundação AIS aos portugueses. “Todos podemos oferecer um pouco do nosso tempo rezando pelos que mais sofrem”, diz Catarina Martins de Bettencourt, directora da Fundação AIS em Portugal. “E entre os que mais sofrem estão todos os que são violentados nos seus direitos mais básicos apenas por serem cristãos, por professarem a religião mais perseguida no mundo.
Rezar por todos eles é um imperativo. Mas também não queremos e não podemos esquecer as vítimas da pandemia do coronavírus e os seus familiares, os médicos e enfermeiros, os bombeiros, todos os que nos hospitais, centros de saúde e nos lares têm procurado minimizar o sofrimento dos doentes.”
Esta é a segunda vez no espaço de poucos meses que a Fundação AIS propõe aos portugueses a oração do Terço. Em Outubro, a propósito dos 25 anos da organização em Portugal, várias centenas de pessoas, incluindo congregações religiosas de vida contemplativa, paróquias, movimentos e associações responderam afirmativamente ao desafio da AIS.
“A Quaresma é um tempo propício para a oração”, lembra a directora do secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre. “Peço que nos ajudem a fazer desta iniciativa uma verdadeira corrente de oração. Todos juntos seremos seguramente mais fortes.”
A Oração é um dos pilares da missão da Ajuda à Igreja que Sofre, a par da Informação e da Partilha. O convite aos portugueses para esta corrente de oração é uma forma de chamar de novo a atenção para a realidade tantas vezes ignorada da ausência de liberdade religiosa em muitos países e da necessidade de solidariedade concreta junto das comunidades que mais sofrem, que estão mais isoladas, mais abandonadas.
“Esta é uma causa que deve merecer uma forte mobilização. Por isso – acrescenta ainda Catarina Martins de Bettencourt –, contacte connosco, contacte com a Fundação AIS pelo telefone 217544000 ou em www.fundacao-ais.pt, e mobilize, na medida do possível, apesar do confinamento, a sua paróquia, o seu movimento, a sua congregação, a sua escola, os seus colegas de trabalho, os seus amigos. Fale desta ideia e junte-se a nós para que o sofrimento dos Cristãos perseguidos nunca seja ignorado no nosso Portugal e para que a epidemia do coronavírus seja debelada finalmente.”
Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal
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