Papa Francisco regressa a Fátima após Centenário das Aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria onde canonizou Francisco e Jacinta Marto a 13 de maio de 2017.
O Pontífice que atualmente está em Portugal por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 fez questão de incluir na sua agenda de compromissos, rezar com jovens portadores de deficiência e com reclusos pelas intenções dos jovens participantes na JMJ, pelos jovens doentes e reclusos, pela Paz e pelo Papa, na Capelinha das Aparições.
Este momento acontece também após o reconhecimento da Irmã Lúcia como Venerável.
A aprovação do Decreto que reconheceu as ‘virtudes heróicas’ da religiosa Carmelita, pelo Papa, no passado dia 22 de junho, é um passo significativo no processo de beatificação e canonização da agora Venerável vidente de Fátima.
Irmã Lúcia é a mais velha dos três videntes de Fátima e figura central no conhecimento e divulgação da Mensagem dirigida à humanidade por Nossa Senhora nas Aparições na Cova da Iria, em 1917.
Em outubro de 2022, o processo de beatificação e canonização da religiosa tinha conhecido um desenvolvimento importante, com a entrega, no Vaticano, da ‘Positio Super Vita, Virtutibus et Fama Sanctitatis’ (sobre a vida, virtudes e fama de santidade), o documento sobre as virtudes heróicas.
Segundo o site oficial do Santuário de Fátima, este documento continha a biografia da Irmã Lúcia, feita a partir dos documentos recolhidos na fase diocesana do processo (que decorreu na Diocese de Coimbra entre 2008-2017); a ‘Informatio’ (informação), que descreve as virtudes vividas pela religiosa, bem como o elenco dos depoimentos das testemunhas, o seu Diário e outros documentos inéditos, “considerados relevantes no processo”.
O Decreto com as virtudes heróicas da Venerável Irmã Lúcia foi lido pela primeira vez pelo bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, na Missa da Peregrinação Internacional Aniversária, a 13 de julho, data que celebra a 3ª aparição de Nossa Senhora, e na qual se revela o essencial do designado Segredo de Fátima.
Uma das principais virtudes que marcam a espiritualidade desta religiosa é a humildade que sempre afirmou que tudo “é por causa de Nossa Senhora”. Por outro lado, a obediência, a alegria e a fidelidade são a atmosfera em que Lúcia desenvolve a sua vocação como carmelita e a sua missão como profeta da mensagem de Fátima, vivendo sempre a sua consagração com um profundo espírito eclesial. Esta atitude foi uma das maiores exigências da sua longa vida, a de viver em harmonia a espiritualidade do Carmelo e a da Mensagem de Fátima, conciliando a dimensão mística e profética da sua vocação e missão. Tal foi possível porque o eixo central da sua vida foi a intimidade com Deus, alimentada pela adoração eucarística.
A 25 de março de 1984, viu finalmente cumprir-se a Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, quando o Santo Padre em união com todos os Bispos realizou o pedido de Nossa Senhora, para o qual Lúcia se empenhou arduamente.
A 15 de fevereiro de 2005, o Governo português decretou um dia de luto nacional pela morte da agora Venerável, “figura ímpar da igreja e do século XX portugueses”, acrescentando o Decreto que “a Irmã Lúcia foi uma das mulheres cuja atuação marcou mais profundamente a sociedade portuguesa atual”.
“A Igreja e a sociedade portuguesas estão, assim, gratas a esta humilde carmelita pela luz de Cristo de que a sua vida foi transparência e irradiação”, sublinha o site oficial do santuário.
Colaboradora da Canção Nova Portugal como gestora e produtora de conteúdo digital.
Licenciada em Ciências da Comunicação vertente de Comunicação Institucional.
Mestranda em Comunicação e Media.
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