A família da criança brasileira curada por intercessão de Francisco e Jacinta Marto, num milagre reconhecido pelo Vaticano e que está na base da canonização dos dois Pastorinhos, vai participar no cortejo do Ofertório na Missa de dia 13 de maio.
A criança, hoje jovem adolescente, cuja identidade é mantida sob reserva, bem como os pormenores da cura, vai também estar presente na Eucaristia, durante a qual o Papa Francisco vai canonizar os dois videntes.
No cortejo do Ofertório participa igualmente a família de um vigilante do Santuário, que tem a particularidade de ser argentino e de se chamar Jorge, como o Papa Francisco.
Para a Eucaristia, o Santo Padre vai paramentar-se na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, depois de se ter recolhido, em oração privada, junto dos túmulos de Francisco e Jacinta.
À entrada para a Basílica, o Papa saúda o Pe. Joaquim da Cunha, o sacerdote mais idoso de Portugal, que completa 105 anos em julho.
Apesar de utilizar os paramentos trazidos do Vaticano, o Papa vai também usar uma estola oferecida pelo Santuário de Fátima.
A estola, branca e bordada a ouro, tem motivos inspirados no manto de Nossa Senhora de Fátima, num desenho da autoria da arquitecta Joana Delgada, autora da custódia para a Bênção dos Doentes que vai ser igualmente utilizada pelo Papa.
Irmã libanesa vai ler oração em árabe
A Missa e o Rito de Canonização de Francisco e Jacinta Marto vão ser em português, com algumas leituras em várias línguas.
A procissão de entrada para a Missa inclui o andor com a imagem de Nossa Senhora, ornamentado, como sempre, pelo Santuário de Fátima e transportado por cadetes da Academia Militar.
Integram ainda a procissão os dois relicários em foma de candeias com as relíquias de Francisco e Jacinta, transportados pela Postuladora da Causa da Canonização dos dois Pastorinhos, Irmâ Ângela Coelho, e pelo assessor da Postulação, Pedro Valinho Gomes, que estarão ladeados de cerca de 20 crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos.
O andor e as relíquias ficam colocadas sobre um plinto de mármore, à direita do altar. Sobre o altar, vão estar as alfaias litúrgicas a usar pelo Papa: cruz, cálice e cibório (píxide).
No novo Presbitério deverão estar cerca de 140 pessoas, entre as quais oito cardeais, 73 bispos e arcebispos, além dos membros leigos do séquito papal.
O séquito papal é constituído por 35 pessoas, que o vão acompanhar sempre durante a sua Peregrinação a Fátima. Fazem parte do séquito, entre outros, os cardeais eméritos portugueses, D. José Saraiva Martins e D. Manuel Monteiro de Castro, o cardeal Rino Fisichella, Presidente do Conselho Pontifício dos Santuários, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, o Reitor do Santuário, Pe Carlos Cabecinhas, os dois médicos pessoais do Papa, o secretário e o cerimoniário.
O Rito de Canonização começa logo após a saudação inicial da Missa, proferida pelo Papa.
Na Eucaristia, celebrada em português, haverá, contudo leituras em línguas estrangeiras. É o caso da Segunda Leitura (Rom 5.12.17-19), que será proclamada em espanhol.
A Oração dos Fiéis, como é tradição nas Peregrinações Internacionais Aniversárias, será rezada em várias línguas: português, italiano, inglês, francês, polaco e árabe.
A oração em árabe vai ser lida pela Irmã Glória Maluf, libanesa das Servas do Coração Imaculado de Maria, que se encontra em Fátima desde outubro de 2000.
Na súplica em árabe, pede-se pelos migrantes, pelos pobres e pelos refugiados, “para que por intercessão de Maria, que conhece as suas dores, se sintam acolhidos por todos os que lhes oferecem dignidade e razões de espera”.
No momento da Oração Eucarística, o Papa vai ser acompanhado no altar pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.
Para a Comunhão, o altar vai ter apenas, além do cálice e da píxide a usar pelo Papa, 25 cálices. Estão previstos 400 pontos de distribuição da Comunhão, dentro e fora do Recinto, sendo que as píxides com as partículas vão sair diretamente do andar inferior do novo altar.
Depois da Comunhão, a Custódia da Bênção dos Doentes é levada para o altar. O Papa deixa a cátedra de onde presidiu à Missa e faz um breve momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, dirigindo depois uma saudação aos doentes.
O Santo Padre, com a custódia nas mãos, dirige-se à zona destinada aos doentes, na colunata norte, e faz a Bênção com o Santíssimo Sacramento, cerimónia que quis fazer pessoalmente.
A custódia regressa ao altar e após um último momento de adoração, o Papa faz a Bênção de toda a Assembleia com o Santíssimo Sacramento.
No final da celebração eucarística, segue do altar a Procissão do Adeus e depois dirige-se, em Papamóvel (corredor central do Recinto e saída pela rua Cónego Formigão) para a Casa de Nossa Senhora do Carmo, onde almoça com todos os bispos portugueses, último ato oficial da Peregrinação a Fátima.
Fonte: papa2017.fatima.pt
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