De Jerusalém para Portugal, as caixas levaram verdadeiros tesouros históricos e de fé. Na chegada à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, peças doadas à Terra Santa por monarcas europeus receberam um diligente trabalho de restauro e, agora, são apreciadas na exposição “O Tesouro dos Reis. Obras-primas do Terra Sancta Museum”.
Soberanos – como Filipe II de Espanha, Luís XIV de França, João V de Portugal, Carlos VII de Nápoles ou Maria Teresa de Áustria – enviaram recursos financeiros destinados ao sustento das igrejas e comunidades, além de obras artísticas de ourivesaria, têxteis e mobiliário utilizados na liturgia e espaços religiosos.
Não são apenas encontradas peça doadas por reis, mas também produções de cristãos locais, como lembranças que peregrinos levavam dos lugares santos. De Portugal, são exemplos a lâmpada de igreja; um altar-portátil com as armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; e a bacia de prata ainda usada no rito de lava-pés. Um destaque também ao baldaquino eucarístico, doado por Carlos Bourbon, de Nápoles e das Duas Sicílias.
Do mesmo modo, pode-se ver indícios da dominação Otomana, com um grande manuscrito das capitulações de Maomé quarto, tratados realizados entre esse império e nações europeias, particularmente a França, a fim de garantir direitos, como a visita de franceses ao Santo Sepulcro.
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