Expectativa e preparação são atitudes fundamentais de toda a vida cristã

Estamos no 33º domingo do tempo comum! Vejamos o que a Liturgia da Palavra nos ensina:

O fim do ano litúrgico constitui uma oportunidade de pensar na realidade do fim dos tempos a partir da fé, na certeza de que Deus tem mão na história e não abandonará ao poder da morte aqueles por quem Cristo deu sua vida. Por isso, os sinais angustiantes das convulsões cósmicas são também sinal da salvação que tem lugar com a vinda de Cristo, que Se assume como aquele que está acima de tudo. Estes textos, escritos com uma linguagem apocalíptica, não pretendem infundir nos crentes o medo, mas estimular a viver bem o presente como preparação para a vida do mundo que há de vir. Esta é a grande certeza que a fé nos traz: tanto na história como na eternidade, é Deus quem domina e isso assegura-nos o conforto que só d’Ele nos vem.

1ª Leitura: Profecia de Daniel 12, 1-3  — “Nesse tempo virá a salvação para o teu povo”
Em tempo de grande perseguição religiosa sofrida pelo povo de Deus no fim do Antigo Testamento, o profeta aponta a ressurreição futura como o destino último dos que estavam sendo vítimas da perseguição. A última palavra haveria de ser não a da morte, mas a da vida, como algum tempo depois se manifestou claramente na ressurreição de Cristo. Ao chegarmos quase ao fim do ano litúrgico, surge no horizonte a luz da glória da vida eterna para além da morte.

Salmo: 15 (16) – Defendei-me; Senhor: Vós sois o meu refúgio.

2ª Leitura: Epístola aos Hebreus 10, 11-14.18  — “Por uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que foram santificados”
Uma vez que Se ofereceu ao Pai na Cruz em sacrifício, Jesus entrou no santuário celeste como o manifestou a sua ressurreição. É essa a salvação total e perfeita. A partir daí, e pelos merecimentos em que Ele, por misericórdia de Deus, nos quer fazer participar, todos nós podemos com Ele e por Ele, entrar também no santuário celeste. É essa a esperança dos cristãos: passar, com Cristo, da morte à ressurreição.

Evangelho: Marcos 13, 24-32  — “Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais”
O ano caminha para o seu termo, não como para um fim sem além, mas como para o supremo momento de quem tem vivido na expectativa de alguém que vai chegar e quer ser acolhido. É o Senhor Jesus, o Filho do Homem, que virá para congregar os homens em Si, e os levar consigo para o Pai. Aí será o lugar do repouso eterno, para quem viver esta vida presente na experiência feliz do Senhor que vem. Expectativa e preparação são atitudes fundamentais de toda a vida cristã, hoje lembradas de maneira particular.