Obra «Cristo Vive» esteve em análise no certame através de um debate promovido pela Paulinas Editora
A Paulinas Editora promoveu um debate na Feira do Livro, em Lisboa, sobre a exortação apostólica Pós-Sinodal ‘Cristo Vive’, publicada pelo Papa Francisco a propósito do Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens.
Na iniciativa de segunda-feira, 10 de junho, destaque para a presença dos três jovens que representaram Portugal na reunião que antecedeu o Sínodo dos Bispos sobre a Igreja Católica e as novas gerações, e que decorreu entre 19 e 24 de março deste ano.
Tomás Virtuoso, formado em Economia e ligado a projetos como as Equipas Jovens de Nossa Senhora e a iniciativa ‘Faith’s Night Out’, considera que a exortação apostólica Pós-Sinodal ‘Cristo Vive’ veio aumentar a “responsabilidade” e colocar “a fasquia alta” a todos quantos trabalham na área da pastoral juvenil em Portugal.
Sobretudo tendo em conta o facto de o documento aparecer numa altura em que faltam “três anos até às jornadas mundiais da juventude em Portugal”.
“Se calhar é preciso repensar algumas coisas que fazemos até hoje (…) para poder mudar aquilo que pode ser mudado e manter aquilo que tem que ser mantido”, aponta o jovem de 25 anos.
Sobre o conteúdo do documento do Papa, Tomás Virtuoso sublinha o empenho da Igreja Católica em querer “ouvir mais os jovens e dar mais espaço aos jovens”, sem os “infantilizar” ou “vitimar”.
Mas recorda que a Igreja Católica, com este caminho sinodal, também vem “exigir mais dos jovens” e “pôr e medida mais alta” no que toca à participação das novas gerações dentro das estruturas eclesiais.
“Somos necessários, claro que é preciso depois que venha a cabeça da Igreja, que venha o Papa dizer algumas coisas claras que também nos ajudem a ter um caminho bem definido, mas o trabalho que fizemos até aqui é validado pelo Papa nesta exortação”, completou.
Publicada a 2 de abril deste ano, a exortação apostólica pós-sinodal ‘Cristo Vive’ veio na sequência do Sínodo dos Bispos que a Igreja Católica dedicou ao tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’, e que decorreu entre 3 e 28 de outubro de 2018.
No documento, o Papa pede a Deus “que liberte a Igreja daqueles que a querem envelhecer”, para que esteja mais presente e atenta aos dramas que afligem as gerações deste tempo, como o desemprego ou a precariedade laboral, e sublinha a responsabilidade da Igreja em ajudar os jovens a descobrirem “aquilo que Jesus quer” de cada um deles.
A questão vocacional é um dos pontos mais importantes da exortação, com Francisco a apelar a um trabalho mais de conjunto entre todos os setores da Igreja..
Para Joana Serôdio, de 31 anos, que também esteve no encontro de preparação do Sínodo dos Jovens em Roma, esta exortação apostólica segue a “linha condutora” que marcou os trabalhos em outubro de 2018 e que agora precisa de “continuidade”.
No que toca à Pastoral Juvenil em Portugal, a jovem considera que o documento desafia a fazer “de uma vez por todas o mesmo caminho juntos”.
“Não serem setores separados dentro de uma só Igreja que nós somos mas de haver até uma certa comunhão e uma maior sinodalidade entre todos”, sustentou Joana Serôdio, que integra atualmente a equipa do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil.
No debate desta segunda-feira, na Feira do Livro, em Lisboa, promovido pela Paulinas Editora, participou também Rui Teixeira, de 31 anos.
Para o jovem docente universitário, médico de formação, a exortação apostólica pós-sinodal ‘Cristo Vive’, do Papa Francisco, “pode ser um marco”, por todo o trabalho de reflexão que implicou dentro da Igreja Católica, feito em conjunto com os jovens.
“Este documento é como que o troféu do fim a dizer que realmente fizemos este caminho, este caminho interessa a todos e pode interessar ainda mais e impactar a forma como a Igreja trabalha com os jovens a muitos níveis”, defendeu o jovem oriundo de Setúbal.
A Exortação Apostólica Pós-Sinodal «Christus Vivit» (Cristo Vive), do Papa Francisco, relacionada com o Sínodo dos Bispos que a Igreja Católica dedicou aos jovens, é uma das obras disponíveis na edição deste ano da Feira do Livro de Lisboa, que vai decorrer até 16 de junho, no Parque Eduardo VII
Fonte: Agência Ecclesia
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