Espero colher frutos se não os semeei?

Estamos no 11º domingo do tempo comum! Vejamos o que a Liturgia da Palavra nos ensina:

1ª LEITURA: Profecia de Ezequiel 17, 22-24
O profeta Ezequiel, deportado com o seu povo no exílio da Babilónia, levanta a voz em nome de Deus para animar a todos. O rei Joaquim, último rebento da dinastia de David, tinha sido feito prisioneiro e deportado. Mas, como recordou o Papa Francisco, na sua histórica visita ao Iraque, “a violência e a morte nunca têm a última palavra”, porque esta é do Deus da Vida.

Deus, pelo profeta, usa uma bela imagem: “Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um ramo novo e vou plantar-lo num monte muito alto”. É o começo de um ciclo de vida nova, livre e abundante, que alcançará a máxima plenitude em Jesus. É um convite a confiar em Deus, sobretudo quando as certezas e seguranças humanas parecem desmoronar-se. Deus é sempre a nossa rocha firme, seguro inabalável.

2ª LEITURA: Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios 5, 6-10
São Paulo, com realismo, partindo da sua dura experiência de sofrimento, mostra o seu desejo de ir juntar-se com o Senhor, no reino dos Céus. Por outro lado, sente o dever de não fugir às dificuldades do tempo presente, que encara “cheio de confiança”, empenhado em ser agradável a Deus. Um modelo para nós: desejando encontrar o Senhor na plenitude da glória, queremos viver, com generosa intensidade, os compromissos da vida real.

EVANGELHO: São Marcos 4, 26-34
A nossa missão de viver a praticar o bem e de fazer crescer o reino de Deus é um trabalho de paciência, de perseverança e constância. Não podemos esperar colheitas a partir do que não semeámos. Feita a sementeira, há que esperar, com resiliência, o tempo próprio da colheita. Perante as dificuldades do terreno e das condições atmosféricas, importa acreditar na força da semente do reino de Deus. Perante as dificuldades de viver e comunicar a nossa fé no mundo atual, temos de acreditar que a Igreja não é nossa, mas de Jesus Cristo, e que a força da evangelização não assenta nas nossas qualidades e estratégias pastorais, mas na luz e força do Espírito Santo.

Contemplemos ainda o domingo do Senhor com o Salmo 91 (92) – É bom louvar-Vos, Senhor.