D. José Ornelas presidiu à Missa na Sé depois de este sábado ter estado na Igreja do Montijo, na primeira celebração comunitária
O bispo de Setúbal afirmou que “é possível celebrar, com alegria, tranquilidade e em segurança” a Eucaristia e disse que “a festa de uns” não pode ser causa do “luto para alguns”.
“É uma emoção e uma alegria, contidas pelas medidas de segurança que é preciso adotar, mas que nos recordam que é possível viver, celebrar e estarmos juntos e colaborarmos na construção da Igreja e da sociedade, também em situações de dificuldade como esta”, afirmou D. José Ornelas
Em declarações aos jornalistas após a Missa na Sé de Setúbal, o bispo diocesano lembrou que a Igreja é “mestra em encontrar caminhos para realizar a sua missão”.
“Não vai ser o vírus que nos vai parar”, sublinhou D. José Ornelas.
Para bispo de Setúbal, a prudência e o retomar das celebrações comunitárias das Missas com as medidas de saúde necessárias podem ser “um contributo” da Igreja para a sociedade
“Um contributo que a Igreja pode dar à sociedade é dizer: celebramos sim, convivemos com normas que nos permitem evitar que a nossa festa seja de luto para alguns. Isso não pode ser”, afirmou.
D. José Ornelas referiu-se também à necessidade de ajudar quem precisa e quem sofre as cosnequências económicas e sociais provocadas pela pandemia covid-19, referindo que a Diocese de Setúbal está a assistir 5800 famílias, num total de mais de 17 mil pessoas.
“As necessidades são crescentes, cada vez mais”, afirmou, acrescentando que as respostas sociais que de início eram prestadas pelo voluntariado mais idoso está agora a ser assumido pelos jovens.
Diocese de Setúbal lançou na última semana a campana “Na partilha não há distância”, coordenada pela Cáritas diocesana, para recolher donativos e bens alimentares para ajudar famílias carenciadas da região.
“A campanha quer ser antes de mais localizada nas paróquias. É lá que se sentem as necessidades, é lá que as pessoas contribuem e é lá que se partilha.”, afirmou.
D. José Ornelas lembrou a dificuldade generalizada que se identifica nas pessoas, famílias e organizações, referindo também a “generosidade muito grande” de empresas e pessoas particulares.
“Felizmente temos concorrentes, tantas outras organizações que estão a recolher e a distribuir o que as pessoas precisam”.
O bispo de Setúbal disse que na prestação das respostas sociais “não é importante saber quem faz boa figura”, mas identificar o que as “pessoa que precisam”, desenvolvendo um trabalho articulado entre as organizações e as instituições públicas.
“Não nos deixemos contaminar pelo vírus do medo”, disse D. José Ornelas após a celebração da Missa na Solenidade do Pentecostes, que a Igreja Católica assinala este domingo.
Fonte: Diocese de Setúbal
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