Joana era uma princesa portuguesa, nasceu em Lisboa, a 6 de Fevereiro de 1452, filha do rei Afonso V e da rainha Isabel de Avis. Ficou órfã de mãe aos quatro anos. Desde muito pequena que praticava as virtudes teologais e de forma bem concreta e visível, a virtude da caridade. Escolheu a coroa de espinhos como símbolo pessoal para mostrar a sua forma de ser e de viver.
Vivia na corte, pois era princesa, mas não era da corte (cf. João 17, 16 “De facto, eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo.”). Recusava participar em festas e bailes, pretendentes e propostas de casamento. A sua vida era pautada tanto pelo desprendimento das grandezas da corte e das vaidades do mundo, como pela profunda piedade e vida interior, pela sincera devoção à paixão de Cristo e pela desinteressada caridade a favor dos pobres.
Com dezanove anos, entrou para o mosteiro de Odivelas, das monjas bernardas, posteriormente ingressou no Mosteiro de Jesus, em Aveiro, onde permaneceu até à sua morte, aos trinta e oito anos, vítima de peste. Aí viveu, sob o hábito dominicano, na humildade e na pobreza, em austeridade e fervor religioso, distribuindo tudo quanto possuía pelos mais necessitados. Despediu-se desta vida em grande sofrimento, em 12 de Maio de 1490.
Conta a lenda que quando o seu enterro passou pelos jardins do convento, as flores que ela havia tratado em vida caíam sobre o seu caixão prestando-lhe uma última homenagem. Era a natureza a agradecer à sua cuidadora e amiga. Este acontecimento foi considerado o primeiro milagre de “Santa” Joana Princesa.
O povo da então Vila de Aveiro sentiu que, com a sua partida para casa do Pai, perdera a “sua mãe”, aquela que zelava e acudia a todos. O seu povo começou a venerá-la como santa. A princesa Joana foi beatificada, em 1693, pelo Papa Inocêncio XII (oficialmente Beata Joana). O Papa Paulo VI, em 1965, declarou-a especial protetora da cidade de Aveiro, tornando-se oficialmente na padroeira da cidade e da diocese. Os seus restos mortais encontram-se no Mosteiro onde viveu. A sua festa litúrgica é a 12 de Maio.
O processo para a sua canonização está aberto.
- Primeiro dia do funeral marcado pela trasladação do corpo de Bento XVI para a Basílica de S. Pedro - 3 de Janeiro, 2023
- Legado teológico de Bento XVI está a ser traduzido para português - 3 de Janeiro, 2023
- Canonista explica protocolo do funeral de Bento XVI - 2 de Janeiro, 2023