D. Joaquim Mendes pediu que se fale da JMJ aos jovens reclusos.

O bispo auxiliar de Lisboa e coordenador para área pastoral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2022 afirmou hoje que a organização não quer “deixar ninguém de fora”, ao apresentar este encontro a membros da Pastoral Penitenciária em Portugal.

“[Os Jovens reclusos] embora privados de liberdade não estão privados de participação e de envolvimento dentro das suas possibilidades”, disse D. Joaquim Mendes, aos jornalistas no encontro que termina hoje em Fátima.

‘Jornadas Mundiais da Juventude: Interpelações à Pastoral Penitenciária’ foi o tema que o bispo, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, apresentou aos colaboradores, voluntários e assistentes espirituais e religiosos da Pastoral Penitenciária.

D. Joaquim Mendes pediu aos presentes para olharem “para a realidade” prisional em Portugal e analisar como podem levar a “mensagem sobre as jornadas” para a população jovem reclusa, “primeiro sensibilizar, há uma proposta de percurso para as jornadas, para suscitar o desejo de participação”.

“E depois, fazer o caminho com eles e ver como podem participar e isso vai-se abrindo progressivamente, não há programa feito”, acrescentou o coordenador para área pastoral da JMJ 2022.

Neste contexto, destacou que os “jovens têm de ser protagonistas” mas, “sem antecipar nada”, é preciso ver como podem participar e, depois, “abrindo o que são o horizonte” da Jornada Mundial da Juventude e as propostas que há para que se possam “integrar neste caminho com todos os jovens e como podem participar”.

D. Joaquim Mendes, sublinhou que o programa “tem de nascer deste caminho” acrescenta que, “para além de integrar os jovens reclusos”, querem que as jornadas em 2022 “sejam inclusivas”, ter a participação “também das pessoas portadoras de deficiência”.

também que estas jornadas sejam um momento de renovação da esperança e de encontro com Jesus Cristo também para eles: Abrir horizontes de esperança e caminho, e sentir a solidariedade dos outros”, desenvolveu.

O anúncio da escolha de Lisboa foi feito pelo Vaticano, a 27 de janeiro de 2019, no final da JMJ que decorreu no Panamá.

Desde esse momento, o COL – Comité Organizador Local -, presidido pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e coordenado por D. Américo Aguiar (setor logístico-operativo) e D. Joaquim Mendes, tem desenvolvido trabalhos de organização e preparação do maior evento juvenil – um acontecimento religioso e cultural – promovido pela Igreja Católica.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude; Realiza-se, anualmente, a nível local (diocesano) no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade.

D. Joaquim Mendes, na sua intervenção em Fátima, a partir de intervenções do Papa Francisco em encontros internacionais com a Pastoral Penitenciária, pediu “gestos concretos”, “pontes entre a cadeia, a família e a sociedade, com amor”, que sejam “cuidadores que cuidam com amor e cuidadores que têm uma reta compaixão”.

“Não podemos perder esta esperança, não podemos desistir, não podemos desanimar, muitas vezes surgem adversidades, surgem dificuldades, procuremos contorná-las e a via é a do diálogo, respeitando”, acrescentou D. Joaquim Mendes.

O XV Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária começou esta sexta-feira, e o programa na manhã deste sábado, contou também com as intervenções do diretor geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rómulo Mateus, sobre ‘Prisões e “Janelas com Horizonte”’, e do chefe de redação da Agência ECCLESIA, Octávio Carmo, que refletiu sobre a ‘Visão do Papa sobre Prisões e “Janelas com Horizonte”’.

Fonte: Agência Ecclesia