Diretor do Instituto de Ciências da Saúde sublinha identidade própria da instituição
O diretor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa (UCP) disse que o novo curso de Medicina da instituição tem “princípios orientadores próprios”, que assumem as posições da Igreja.
Alexandre Castro Caldas, professor catedrático de Neurologia, refere em depoimento enviado à Agência ECCLESIA que este curso que a UCP se prepara para abrir, “em breve”, vai oferecer uma formação “não só do ponto de vista técnico-científico mas também à luz dos princípios orientadores próprios da posição da Igreja face aos grandes desafios da saúde”.
“Estão praticamente finalizados todos os protocolos e este sonho de há tantos anos parece poder vir a tornar-se realidade. É, por isso, boa altura para disso dar boa notícia aos meios católicos e ao público em geral”, acrescenta o responsável.
O diretor do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) espera que os católicos compreendam o “interesse desta iniciativa” e manifestem o seu apoio, “para bem de Portugal e da Igreja portuguesa”.
Alexandre Castro Caldas recorda que, neste momento, a UCP já oferece o ensino da Enfermagem, no Porto e em Lisboa, um Mestrado Integrado em Medicina Dentária e um curso de Ciências Biomédicas, em Viseu, realçando que “o ensino em Cuidados Paliativos tem sido um ponto forte do Instituto”.
O diretor do ICS refere-se ainda às parcerias com a Universidade de Maastricht, a Câmara Municipal de Cascais e a Luz Saúde, para sublinhar que “a Universidade Católica Portuguesa será o centro do projeto sendo os restantes parceiros os seus viabilizadores”, pelo que “a natureza identitária da universidade não pode ser de forma alguma contrariada por nenhum deles”.
“Está mesmo em preparação um documento da Associação dos Médicos Católicos, que será assinado pelos parceiros, que corresponde aos princípios orientadores da prática dos serviços de saúde”, acrescenta Castro Caldas.
A reitora da Universidade Católica Portuguesa disse à Agência ECCLESIA, na última semana, que o curso de Medicina, que foi apresentado no mês de fevereiro, está “em preparação” e se guia por “princípios da Igreja relativamente à vida”.
“É um projeto de Medicina que responde e se guia por aquilo que são os princípios da Igreja relativamente à vida, à defesa da vida, ao fim da vida e à dignidade humana”, afirmou Isabel Capeloa Gil à margem do Encontro de Universidades Católicas Europeias e do Líbano, que terminou este sábado em Lisboa.
A UCP e três instituições parceiras assinaram a 24 de fevereiro um acordo para a criação do primeiro curso privado de Medicina em Portugal, de dimensão internacional, apresentado como um projeto “inovador”.
Fonte: Agência Ecclesia
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