Na Conferência de Imprensa realizada em meio à celebração da evocação sexta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos estiveram presentes o Bispo de Hiroxima, D. Alexis Mitsuru Shirahama que presidirá a esta Peregrinação Internacional Aniversária de outubro, D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e o Reitor do Santuário de Fátima, Padre Carlos Cabecinhas.
D. António Marto iniciou esta conferência de imprensa fazendo memória do nome simbólico e mágico de Hiroxima devido às vítimas da guerra nuclear e que na visita do então Papa João Paulo II, em 1981 ao país, recordou o horror destes acontecimentos onde morreram centenas de milhares de pessoas. Referiu que também o Papa Francisco falou destes acontecimentos, empregando palavras como horror e repulsa símbolos do uso desmedido do poder do homem, com o apelo à eliminação das armas nucleares e todas as armas que promovem a devastação humana e ambiental.
O Cardeal D. António Marto relacionou a realidade de Hiroxima com apelo da Mensagem de Fátima quando fala das duas guerras mundiais e, por isso, neste contexto a necessidade de colocar em prática as palavras de paz. E, na peregrinação de outubro, Nossa Senhora termina as aparições em Fátima com uma bênção de paz sobre o mundo.
D. António Marto fez ainda referência sobre a Diocese de Leiria-Fátima estar unida espiritualmente às canonizações do Papa Paulo VI e de um dos mártires do secúlo XX, Óscar Romero que decorrerão este fim-de-semana em Roma pelo Papa Francisco. Enfatizou a canonização do Papa Paulo VI, tendo sido um homem de coragem por ter vindo ao cinquentenário das Aparições de Fátima por sua livre vontade contra a aprovação da cúria romana e, relembrou uma das suas frases aqui em Fátima: “Homens procurai ser dignos do dom da paz… que se conquiste o amor e as vitórias da paz”.
O Bispo de Leiria-Fátima referiu ainda a comunhão e a solidariedade com o Papa Francisco na oração do Terço, com as invocações a Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo, contra as divisões da igreja que como disse D. António Marto não passam de uma montagem política sem fundamento real.
Manifestou a sua satisfação acerca das conversações da Santa Sé com a República Popular da China sobre a nomeação dos bispos católicos na China pela primeira vez, relembrando que também pela primeira vez, em maio, o Santuário de Fátima convidou um Cardeal Chinês para presidir às celebrações.
Referiu ainda dentro de todos estes sinais apresentados, outro pequeno sinal de esperança no caminho da paz foi o envio de um convite ao Papa Francisco por parte do Presidente da Coreia do Norte para que visite o país. D. António Marto comentou dizendo haver, claro, um interesse político por trás, mas que o Papa Francisco não é ingénuo e não aceitaria o convite de ir à Coreia se não fosse garantida a liberdade religiosa no país e, que, se isto acontecer será um grande passo para a paz no mundo.
Lembrou ainda os jovens, falando do Sínodo dos Jovens. A sua preocupação com o populismo e o totalitarismo que compromete o futuro dos jovens. O populismo e totalitarismo que não são mais do que o egoísmo e o individualismo que está centrado nos objetivos políticos, dando uma palavra de coragem para todos aqueles que sem medo e condescendência lutam contra a corrupção na política, no desporto, na igreja… “tudo isto nos é falado na Mensagem de Fátima, a necessidade de conversão, de purificação das nossas atitudes”, afirmou.
O Bispo de Horoxima agradeceu ao Reitor do Santuário de Fátima e ao Bispo de Leiria-Fátima vir celebrar esta peregrinação e referiu estar com um grupo de 58 peregrinos da sua diocese e que o ano do centenário de Fátima foi celebrado em Hiroxima, bem como a canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto. Hiroxima e Fátima estiveram de mãos dadas pela via da oração e da paz neste momento, referiu D. Alexis Mitsuru Shirahama.
O Reitor do Santuário de Fátima, Padre Carlos Cabecinhas referiu que o número de peregrinos asiáticos a Fátima aumentou.
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