Tudo muda com o reconhecimento da fertilidade da mulher, ela passa a se perceber totalmente feminina
Como instrutora do Método de Ovulação Billings™, todos os dias atendo mulheres com a finalidade de conseguir uma gestação, espaçar uma gravidez ou, particularmente, mulheres que optaram pelo conhecimento de sua fertilidade de maneira natural e de modo autônomo. Essas mulheres, com o passar do tempo, são capazes de monitorar a sua própria saúde reprodutiva pela análise do gráfico de seu ciclo menstrual. E assim, juntas, traçamos um caminho de conhecimento da fertilidade, que é estabelecido entre a instrutora do Método de ovulação Billings™ e a usuária.
A primeira pergunta que realizo para a nova usuária do Método Billings é extremamente íntima e, para algumas mulheres, pode ser até um pouco impactante, porque não é uma pergunta que se escuta com tanta frequência. Essa pergunta pode questionar toda a vida dessas mulheres, as quais, na maioria das vezes, não encontram uma resposta ideal que se enquadre a essa pergunta, pela falta de percepção de si mesma. Ao ser questionada, percebo que umas coram a face; outras, percebo que chegam a engolir a própria saliva. Mas, passado o primeiro desconforto, vou abordando essa mulher e procurando sempre estimulá-la para que faça uma profunda reflexão sobre si mesma, mesmo que nunca antes tenha se dado conta de como é fundamental conhecer-se mulher, com um sistema reprodutivo fantástico, perfeito e com toda a capacidade da geração de uma nova vida.
Bem, para não aguçar ainda mais a curiosidade do leitor em relação à pergunta que realizo, vou descrevê-la. A pergunta é a seguinte: O que você está sentindo na sua vulva hoje?
Esse questionamento é feito para todas as mulheres, sejam elas casadas, solteiras ou até mesmo religiosas. Pois cada mulher traz em sim, dependendo de sua idade, um potencial de fertilidade que, muitas vezes, ela desconhece.
Essa pergunta, que algumas mulheres, num primeiro momento, não conseguem responder, faz com que esse ser dotado de feminilidade e ternura possa fazer uma pausa em sua vida e comece a se perceber e a olhar para si mesma.
Após a reflexão desse questionamento, ela procura descrever sua sensação: se está seca, úmida ou molhada, fase esta que ocorre pelo muco cervical produzido nas criptas cervicais, que ultrapassa o canal vaginal e chega até a vulva. E assim, com o passar do tempo, em seu gráfico ela vai descrevendo suas sensações: umas iguais dia após dia e outras diferentes e em crescimento, até que seja capaz de reconhecer o dia de sua própria ovulação.
No início das anotações, há uma mistura de emoções e descobertas, que, às vezes, denotam insegurança e revelam a importância que ela deve dar a si mesma, para que possa nos oferecer a garantia de que aquilo que descreve no seu gráfico é realmente a realidade ou não.
Com o passar dos meses de acompanhamento, vejo a alegria estampada no rosto delas por serem capazes de ter sua fertilidade nas próprias mãos.
Tudo muda com o reconhecimento da fertilidade da mulher, pois ela se percebe totalmente feminina, cheia de ternura e capaz de ser, ao mesmo tempo, forte, possuidora de si mesma e, ao mesmo tempo, apresentar-se tão gentil, amorosa e acolhedora.
Percebo nos atendimentos, com o passar dos meses, até mesmo a delicadeza que essas mulheres tem de vestirem uma roupa mais feminina, usar um adorno a mais que valorize seu corpo de modo digno, mas ao mesmo tempo belo.
Enfim, como instrutora do Método de Ovulação Billings™, vou mergulhando na profundidade da beleza dessas mulheres, que vão se transformando e conhecendo-se mulher, criada à imagem e semelhança de Deus.
E essa reflexão profunda de si mesma, que cada mulher deveria fazer todos os dias, começa apenas com uma simples pergunta: O que você está sentindo na sua vulva hoje?
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