As cidades de Aveiro, Braga, Lisboa, Porto e Viseu vão receber este sábado a ‘Caminhada pela Vida’, pelas 15h00, como forma de contrariar “tentativas de diminuir a sacralidade da vida humana, de diminuir a sua importância”.
“Infelizmente, e cada vez mais, a vida, sobretudo nos seus extremos, desde o momento da conceção e do nascimento, e no fim da vida, quer por doença, quer por idade, está mais ameaçada e, mais grave ainda, pelo poder politico que decidiu tomar medidas legislativas que diz respeito a esta dignidade humana”, disse José Maria Seabra Duque, coordenador da plataforma.
A caminhada é promovida pela Federação Portuguesa Pela Vida, que reúne diversas instituições “de defesa da vida” com “um trabalho social conhecido de norte a sul” de Portugal; participam também o ‘Stop Eutanásia’ e o movimento cívico ‘Deixem as Crianças em paz’.
O cardeal-patriarca de Lisboa, numa mensagem de “apoio e incentivo” a estas caminhadas, destacou que “não é uma iniciativa da Igreja Católica, não é uma iniciativa religiosa”, mas uma “iniciativa espontânea da sociedade”.
“Vai muito de acordo com todos estes objetivos humanitários que nos unem na promoção da vida, da conceção à morte natural”, sublinhou D. Manuel Clemente.
O selecionador nacional de futebol associou-se à Caminha Pela Vida de Aveiro e afirmou que “é um prazer apadrinhar” esta iniciativa.
“Defender a vida é defender a dignidade humana, defender a humanidade, defender a humanidade”, explicou Fernando Santos.
A nona ‘Caminhada Pela Vida’ começa às 15h00, deste sábado, em cinco cidades portuguesas: Aveiro – Largo do Mercado Manuel Firmino; Braga – Avenida Central; Lisboa – Praça Luís Camões à Assembleia da República; Porto – Sé; Viseu – Campo de Viriato.
Na Arquidiocese de Braga, por exemplo, os organizadores vão promover também uma tertúlia sobre a eutanásia, Eum tema vital, que move as pessoas”.
O novo Parlamento português, resultado das eleições legislativas de 6 de outubro, vai tomar posse esta sexta-feira; no dia seguinte é a vez do novo Governo.
José Maria Seabra Duque observa que “há a altíssima probabilidade de a eutanásia ser discutida no Parlamento”, por isso, não tem “dúvidas da importância da mobilização popular”.
“Em última instância, pode vir a ser necessário tentarmos um referendo e é essencial a mobilização popular para deixar claro que em Portugal não desejamos um Estado que mata, desejamos antes um Estado que cuida”, acrescentou.
O jurista, sobre a questão do aborto, referiu que “hoje, infelizmente, mais do que política”, a questão é social; “milhares de mulheres e de crianças” foram apoiadas pelas instituições pró-vida, “em todos os campos”.
A ‘Caminhada pela Vida’ que mobilizou mais de 10 mil pessoas, em 2018, teve início no âmbito das campanhas para os referendos sobre o aborto de 1998 e 2007, e foi depois retomada de forma anual em 2012, procurando alertar para a importância da defesa da vida, desde a conceção até à morte natural.
D. Nuno Brás, bispo do Funchal, manifestou o seu apoio à iniciativa, em texto divulgado pelo ‘Jornal da Madeira’.
“Queremos viver, e viver numa sociedade onde todos possam viver. Toda a vida humana é boa, é um bem, é sagrada e intocável. Ninguém tem o direito de a tirar. Não queremos viver num país onde a morte se sobreponha à vida. Queremos viver num país onde a vida humana seja intocável”, escreve.
Fonte: Agência Ecclesia
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