Celebração da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus coloca o novo ano sob a sua proteção maternal

A Liturgia dedica o primeiro dia do ano civil a Maria celebrando a sua prerrogativa única e o seu título essencial de Mãe de Deus.

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A Igreja quer com esta Solenidade, não apenas colocar o novo ano, com as suas interrogações, cuidados e problemas, sob a proteção maternal de Maria, mas também lembrar-nos a importância da missão que ela desempenha na História da Salvação, como Mãe do Salvador.

É, precisamente, na Maternidade divina que se encontra o fundamento da especial relação de Maria com Cristo e da sua presença na economia da salvação. Cristo vem ao mundo com uma função salvadora. A sua natureza humana está intrinsecamente destinada a regenerar a humanidade. Escolhendo Maria para Sua Mãe, Cristo, o Verbo Incarnado, associa-A intimamente à obra de reconciliação da humanidade.

Pelo seu “Sim” (o “Fiat”), Maria entrou definitivamente no Mistério da Salvação; gerando no tempo a humanidade do Filho, que o Pai havia gerado, desde a eternidade, Maria intervém na regeneração dos homens.

“O nosso Mediador é um só… Jesus Cristo: Mas a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia” (LG nº 60).

Através de Maria, os homens serão encaminhados com os pastores, para o conhecimento, serviço e amor de Cristo.

1ª Leitura: Livro dos Números 6, 22-27 — “Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei”
Este dia é consagrado a Nossa Senhora como Mãe de Deus. É a festa da sua maternidade divina. E é ao mesmo tempo a oitava do Natal e o primeiro dia do ano civil. Esta leitura faz ainda alusão direta ao Nome pelo qual somos abençoados, desde este primeiro dia do ano. Esse Nome veio a manifestar-se no Nome que foi posto ao Menino, o Filho de Maria, no oitavo dia, o Nome de Jesus, e que é, por si só, uma bênção: Jesus significa Salvador.

Salmo 66 (67) — Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção.

2ª Leitura: Epístola de São Paulo aos Gálatas 4, 4-7 — “Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher”
O Salvador dos homens quis sê-lo fazendo-Se homem como eles; por isso entrou na raça humana nascendo de uma mulher, da Virgem Santa Maria, e tudo isto para que os homens, agora seus irmãos, se tornassem, n’Ele e por Ele, filhos de Deus.

Evangelho: São Lucas 2, 16-21 — “Encontraram Maria, José e o Menino. E, depois de oito dias, deram-Lhe o nome de Jesus”
Encontram-se na infância de Jesus os dados humanos e divinos com uma simplicidade tal que nem Deus Se mantém distante do homem, nem o homem se intimida diante de Deus. O Filho de Deus torna-Se Filho de Maria, e Maria é, por isso, a Mãe de Deus. É no seu regaço que os pastores virão encontrar Jesus, e, depois deles, todos os homens. Ela é assim o “Trono da Sabedoria”.