CDS-PP quer ouvir Fundação AIS sobre cristãos perseguidos.

O grupo parlamentar do CDS-PP quer debater “os direitos humanos e liberdades civis dos cristãos” em África e no Médio Oriente e entregou um requerimento na Assembleia da República para ouvir a Fundação Ajuda Igreja que Sofre.

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No documento enviado hoje à Agência ECCLESIA, o grupo parlamentar do CDS-PP explica que quer ter conhecimento da “evolução do cenário de degradação dos direitos humanos e liberdades civis dos cristãos” em África e no Médio Oriente, bem como, os desenvolvimentos do caso da paquistanesa Asia Bibi.

Os dois temas são “merecedores de mais aprofundado conhecimento” do Parlamento português, por isso, os deputados Ana Rita Bessa, Filipe Lobo d’Avila e Nuno Magalhães querem ouvir o secretariado português da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre.

O requerimento, com data desta segunda-feira, foi enviado ao presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Sérgio Sousa Pinto do grupo parlamentar do PS.

“Hoje, são cada vez mais frequentes os relatos e os testemunhos que denunciam a ação impiedosa e genocida sobre os membros daquelas comunidades naquelas regiões [África e no Médio Oriente], e em particular da comunidade cristã, pelos movimentos radicais e fundamentalistas, comandos pelo preconceito, ódio e violência”, denunciam os deputados centristas.

De recordar que a Assembleia da República reconheceu, “formalmente, e por unanimidade”, o “terrível genocídio” contra os cristãos e outras minorias étnicas e religiosas, em África e no Médio Oriente em abril, através do voto apresentado pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP.

Neste contexto, é assinalado que o Parlamento português tem-se dedicado, “ativamente”, à defesa e promoção da liberdade religiosa como “corolário da dignidade” da dignidade humana, como é sinal o Grupo Parlamentar de Solidariedade com os Cristãos Perseguidos no Mundo e a atenção a Asia Bibi, a cristã paquistanesa condenada à morte acusada de blasfémia.

Os deputados do Grupo Parlamentar do CDS-PP assinalam que a liberdade religiosa é “uma componente essencial da liberdade de pensamento” e um “requisito imprescindível” para a existência de um Estado de Direito Democrático, por isso, consideram que é do interesse da Assembleia da República uma audição com a direção da Fundação AIS.

Fonte: Agência Ecclesia