Católicos preparam Natal com «Missas do Parto» e olhar solidário para a Síria

Diocese do Funchal anunciou destino da «Renúncia do Advento»

A Diocese do Funchal anunciou que a “Renúncia do Advento” de 2018, contributo solidário dos católicos locais, vai ajudar as crianças da Síria, através da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS).

O montante recolhido nas semanas de preparação para o Natal destina-se, em partes iguais, à campanha ‘Deixe-me viver a minha infância’, da AIS, que “procura auxiliar diretamente crianças e jovens traumatizados pela guerra”; e ao Fundo Social Diocesano.

Este fundo, instituído na Quaresma de 2008, tem em vista prestar “uma ajuda mais eficaz às situações de pobreza real, muitas vezes envergonhada”, por parte da Igreja Católica no arquipélago.

As ofertas serão recolhidas nos dias 5 e 6 de janeiro de 2019, sábado e domingo da Solenidade da Epifania do Senhor.

A “Renúncia do Advento” é uma das tradições quer marcam a preparação do Natal na diocese do Funchal, além das chamadas ‘Missas do Parto’, novena que decorre habitualmente ao fim da madrugada.

A Diocese do Funchal publicou um guião com sugestões para as homilias das celebrações de 2018, a partir de 15 de dezembro, com o tema ‘Ser cristão, viver em missão. E se for este o significado do Natal?’.

“Com facilidade podemos transformar o tempo de Advento numa repetição de gestos e tradições inofensivas, que apenas preparam uns dias bem vividos em torno da família. Esquecemos, porém, que o Advento é um tempo que nos quer levar muito mais longe, que nos quer recentrar em Jesus”, pode ler-se.

As chamadas ‘Missas do Parto’ são uma tradição particular do Arquipélago da Madeira, um momento exclusivo para cantar versos populares, em honra da Virgem Maria e do Menino Jesus, alguns dos quais remontam aos primeiros povoadores do arquipélago.

Outro fenómeno que alimenta a tradição é a mesma estrutura da novena, com a invocação ao Espírito Santo, o canto da Ladainha, o retrato da Senhora e a missa, onde também são entoadas loas à Virgem, ao seu parto e à alegria do nascimento de Jesus.

Os cânticos permanecem os mesmos de pelo menos há um século, feitos em verso.

Fonte: Agência Ecclesia