Uma equipa da Cáritas Portuguesa partiu hoje para a Grécia, onde vai estar seis dias com o objetivo de conhecer a situação dos milhares de refugiados ali radicados e avaliar novas formas de ajuda.
O presidente da Cáritas Portuguesa, que lidera a comitiva, destacou a importância de em primeiro lugar “perceber aquilo que as pessoas desejam”.
“A solidariedade passa por esse conhecimento, que nos faz depois comungar melhor a vida daquela gente, os seus problemas e anseios”, salientou.
O destino da equipa da Cáritas Portuguesa será o campo de refugiados da Ilha de Lesbos, bem como outros centros de acolhimento existentes no território grego.
Para Eugénio Fonseca, esta visita será também uma forma de estar ao lado da Cáritas grega, “uma Cáritas minoritária no contexto da Grécia, mas que está a fazer um trabalho extraordinário”.
“Esse trabalho passa por um conjunto de projetos e nós estamos ligados a dois, no âmbito do programa Linha da Frente, da Plataforma de Apoio aos Refugiados, que é o apoio aos campos de refugiados propriamente dito e também ajudarmos a Cáritas grega a dar sustentabilidade a duas estruturas de acolhimento”, adiantou.
As duas referidas estruturas são espaços habitacionais, já fora dos campos de refugiados, hotéis geridos pela Cáritas, que visam favorecer a integração de pessoas e famílias na sociedade grega, isto numa fase já mais adiantada do processo de acolhimento.
Ainda recentemente, a Cáritas Portuguesa enviou um apoio monetário de 11 mil euros para ajudar refugiados na Grécia e Sérvia.
A organização tem lançado também apelos à solidariedade no sentido de ajudar estas pessoas a ultrapassar as dificuldades em que se encontram, sobretudo no pico do inverno.
“Como pedimos aos portugueses, na campanha 10 milhões de Estrelas – um gesto pela paz, do passado Natal, um contributo para este projeto dos hotéis, nós vamos lá ver a maneira como essa verba está a ser aplicada e como vai ser aplicada a restante”, frisou Eugénio Fonseca.
O presidente da Cáritas agradeceu a forma “generosa” como os portugueses têm participado nas campanhas e no apoio aos refugiados, mostrando que o país não é indiferente perante quem mais sofre, seja cá dentro ou lá fora.
“O país tem dado provas disso, não só em termos daquilo que é a solidariedade mais primária, do donativo que se dá, como àquela mais completa como é a dimensão política. Mas não basta isso, o povo quer saber, tem direito de saber o que é que fazemos ao dinheiro que nos é confiado”, assinalou.
Fonte: Agência Ecclesia.
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