O cardeal-patriarca de Lisboa espera que o Presidente da República traga novidades do Vaticano sobre a esperada visita do Papa a Portugal, em 2017, depois do encontro com Francisco nesta quinta-feira.
“Eu até espero que venham de lá já mais pormenores acerca dessa vinda do Papa, se vem só para o dia 13 [de maio 2017] ou, se como todos desejamos, vem um bocadinho antes ou fica um bocadinho depois”, disse D. Manuel Clemente.
“Oxalá que esta visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa também ajude a esclarecer e que o Papa nos diga alguma coisa”, acrescentou em declarações às rádios Renascença e Vaticano, esta terça-feira.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa acredita que o Papa Francisco e Marcelo Rebelo de Sousa vão conversar sobre o papel de Portugal na Europa e no mundo, da lusofonia e também do centenário das Aparições de Fátima e da globalização da devoção Mariana.
À Agência ECCLESIA, D. Manuel Clemente considerou ainda uma “iniciativa muito louvável” que Marcelo Rebelo de Sousa tenha começado, a sua primeira deslocação oficial ao estrangeiro, “por onde Portugal começou em termos internacionais”.
Para o cardeal-patriarca de Lisboa “é bom” que o presidente da República tenha lembrado, no discurso na Assembleia da Republica que Portugal foi reconhecido pela Bula «Manifestis Probatum est»”, um documento do Papa Alexandre III, de 1179, porque “vai buscar à tradição o que melhor nos pode definir agora, em termos de sec XXI “.
Marcelo Rebelo de Sousa vai chegar hoje a Roma e tem encontro marcado com o Papa Francisco na quinta-feira às 10h00 locais (menos uma em Lisboa).
O programa inclui um encontro com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e uma breve visita à Capela Sistina, antes da partida para Madrid, onde vai prosseguir a primeira deslocação oficial de Marcelo Rebelo de Sousa.
Já o bispo de Setúbal considera que a visita de Marcelo Rebelo de Sousa primeiro à Mesquita de Lisboa e ao Papa Francisco “gestos importantes”.
“Vindos do presidente da República, de uma nação que tem também os com o passado e quer inserir-se dentro de um contexto de diálogo e busca de caminhos para a humanidade penso que todos os gestos são úteis. Criam mentalidade de diálogo, de encontro e não exclusão de ninguém”, acrescentou D. José Ornelas
Fonte: Agência Ecclesia
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