Cardeal-patriarca desafia comunidades a “aplicação concreta” das conclusões do Sínodo

D. Manuel Clemente projecta assembleia diocesana para 2020

Foto: Patriarcado de Lisboa – Celebração da solenidade de São Vicente

 

O cardeal-patriarca de Lisboa desafiou as comunidades católicas a promover a “aplicação concreta” do Sínodo Diocesano que se concluiu em 2016, projectando uma assembleia de avaliação para 2020.

“Até ao próximo verão, apuraremos nas diversas instâncias eclesiais da diocese o modo de concretizar cada uma das sete opções enunciadas, atendendo à totalidade das indicações da Constituição Sinodal”, adiantou D. Manuel Clemente, este domingo, na celebração da solenidade de São Vicente, diácono e mártir, padroeiro principal do Patriarcado de Lisboa.

Na homilia da celebração, divulgada hoje através do site diocesano, o cardeal-patriarca propõe que as várias paróquias e movimentos procurem definir um “programa de receção” do Sínodo, no próximo triénio (2017-2020).

“Concluído o triénio, poderemos, ainda em 2020, reunir uma assembleia diocesana para avaliar o percurso feito, reconhecendo e agradecendo a obra do Espírito que assim mesmo nos conduz”, referiu.

A Constituição Sinodal de Lisboa, assinada a 8 de dezembro de 2016, apresentava sete “opções” de fundo para a vida da Igreja Católica: Santidade, missão, comunidade, iniciação, família, vocação e sinodalidade.

“Concretizar estas opções, como itens dum mesmo caminho de comunidade e missão, rumo à santidade autêntica, é o que temos por diante”, disse D. Manuel Clemente.

O cardeal-patriarca de Lisboa sublinhou que estas opções se concretizam em três dimensões: a profética, para “anunciar e testemunhar o Evangelho”; a sacerdotal, para “celebrar a fé e cultivar a vida espiritual”; e a dimensão real, “para servir e cuidar do próximo”.

A homilia evocou o “passado cristão” da cidade de Lisboa e o exemplo do mártir São Vicente na sua “disponibilidade para o serviço” e “atenção aos pobres”.

 

Fonte: Agência Ecclesia.