“Cada um de nós é único e valioso aos olhos de Deus e por isso também aos olhos da Mãe de Jesus”, disse o Pe. Carlos Cabecinhas

Santuário acolheu primeira Peregrinação Nacional de Pessoas com Doenças Raras


O Santuário de Fátima acolheu este sábado a Primeira Peregrinação Nacional de Pessoas com Doenças Raras, que começou com um acolhimento na Basílica da Santíssima Trindade; seguiu-se a Missa e, depois às 14h00, uma meditação já na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Na Eucaristia, o reitor do Santuário de Fátima referiu-se ao significado desta Peregrinação que pretende sublinhar que cada um destes doentes “é único e, por isso, valioso aos olhos de Deus”.

“Na nossa sociedade aqueles que têm voz são muitas vezes os que têm capacidade de se fazer ouvir porque existem em grande número. Mas há outros que têm muita dificuldade” salientou o Pe. Carlos Cabecinhas.

“Os portadores de doenças raras veem-se muitas vezes ignorados nos seus problemas e nas suas dificuldades e esta Peregrinação pretende mostrar que cada um de vós é único e por isso valioso aos olhos de Deus. Vós sois únicos perante os olhos de Deus e , por isso, sois `únicos no olhar da Mãe de Jesus´”, frisou o reitor do Santuário de Fátima, recordando o tema desta peregrinação.

A Peregrinação Nacional de Pessoas com Doenças Raras é uma resposta a uma interpelação feita pela DRAVET, uma associação de doentes com esta síndrome, e que posteriormente foi sendo trabalhada com as duas federações – a FEDRA e a Aliança Portuguesa de Associações de Doenças Raras, para dinamizar este evento.

O acolhimento e acompanhamento deste tipo de Peregrinações é uma linha de ação pastoral que o Santuário quer desenvolver, como lugar materno de convergência de tanto sofrimentos, alguns muito novos.

O Dia das Doenças Raras foi assinalado na quarta-feira.

Em Portugal, existem cerca de 800 mil portadores de doenças raras e estima-se que várias centenas de doentes estejam ainda por diagnosticar.

Existem mais de 6 mil doenças raras, cerca de 30 milhões de pessoas vivem com uma doença rara na Europa e 300 milhões em todo o mundo.

Cerca de 80% das doenças raras têm origem genética identificada. As restantes resultam de infeções (bacterianas ou virais) e alergias ou devem-se a causas degenerativas.

Fonte: Santuario de Fátima