A Associação dos Médicos Católicos Portugueses tem acompanhando com preocupação as recentes propostas de partidos políticos de alteração da lei da interrupção voluntária da gravidez.
Além de proporem o alargamento do prazo legal para o aborto, os parlamentares querem retirar a obrigatoriedade dos 3 dias de reflexão conferidos à mulher. E ainda regulamentar a objeção de consciência de médicos e demais profissionais de saúde.
No meio da instabilidade dos cuidados obstétricos atualmente prestados em Portugal e com maternidades encerradas por falta de profissionais, a Associação dos Médicos Católicos considera lamentável que os parlamentares estejam mais preocupados com as alegadas dificuldades no acesso à interrupção voluntária da gravidez.
Em nota publicada acerca do tema, a associação ressalta que a diferença entre dizer que um feto não tem direito à vida antes das 10, 12 ou 14 semanda ou em qualquer idade gestacional é uma mera questão de convenção social e política. Declaram ainda que nunca será demais afirmar que, como médicos católicos, defendem a vida desde a conceção até à morte natural.
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