O presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia falou da escultura Nossa Senhora da Boa Morte
O Convivium de Santo Agostinho, acolheu esta noite a terceira visita temática à exposição temporária comemorativa do centenário da construção da Capelinha das Aparições “Capela-Múndi”. A iniciativa teve como tema «Aspetos da iconografia mariana» a propósito da escultura Nossa Senhora da Boa Morte, do Santuário de Vila Viçosa.
O presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia, Carlos Filipe, falou a propósito da escultura Nossa Senhora da Boa Morte, do Santuário de Vila Viçosa, patente na mostra. Esta peça de autor desconhecido, data do último quartel do século XVII, e pode ser vista no núcleo I da exposição.
O historiador considerou esta obra “notável” e “única”.
“O culto à Senhora da Boa Morte decorre da morte da virgem, com profundas raízes na tradição bizantina”, explicou Carlos Filipe, e lembrou que esta devoção teve início na segunda metade do século XVII, em Itália, associado aos Jesuitas.
A escultura de Nossa Senhora da Boa Morte em 2012 foi intervencionada e estudada, sendo alvo de ações de conservação, limpeza e restauro, saindo novamente em procissão após várias décadas.
Carlos Filipe é presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia. É doutorando em História da Arte na FLUL e mestre em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE-IUL. É historiador e investigador integrado no Centro de Estudos – CECHAP, investigador do CLEPUL (FLUL) e do CIDEHUS (Universidade de Évora), membro da Sociedade Portuguesa de História da Construção – SPEHC. É coordenador dos projetos de investigação: Rota do Mármore do Anticlinal de Estremoz; Património e História da Indústria dos Mármores; Callipoartes – História das Personalidades Calipolenses.
A visita temática inicia, como habitualmente, começou com uma breve visita guiada através dos nove núcleos desta exposição, que resulta de uma aturada pesquisa histórica que procura ler a Capelinha das Aparições como um dos mais importantes ícones do Santuário de Fátima.
Esta foi a terceira de cinco visitas temáticas à exposição temporária “Capela-Múndi” previstas para este ano pastoral. Na primeira, que aconteceu no início do mês de maio, o diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra estabeleceu uma relação entre obra literária setecentista “História Trágico-Marítima”, que inspirou a pintura homónima de Vieira da Silva, e a mensagem de Fátima. A segunda aconteceu a 05 de junho, orientada por Fernando António Batista Pereira e teve como tema “Imagens e histórias de devoção” – A propósito de Agnus Dei, de Josefa d’Ayala.
Estão ainda agendadas visitas a 7 de agosto, O “Correio de Nossa Senhora” – A propósito das mensagens dos peregrinos à Virgem de Fátima por André Melícias, Coordenador do Serviço de Arquivo (Departamento de Estudos) do Santuário de Fátima; 4 de setembro, com o tema “Agradecer através da imagem: ex-votos portugueses da Época Moderna” – A propósito dos ex-votos à Virgem de Fátima, por Isabel Drumond Braga, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Historiadora da Época Moderna; 2 de outubro sobre “A museologia e a missão cultural da Igreja” – A propósito da exposição temporária Capela-Múndi, por Artur Goulart, Coordenador do Inventário do Património Artístico Móvel da Arquidiocese de Évora.
Fonte: Santuário de Fátima
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