Arcebispo de Seul preside à Peregrinação Internacional Aniversária de outubro

Presença do cardeal Andrew Yeom Soo-jung é mais um sinal da atenção do Santuário com a Ásia e uma chamada de atenção para a necessidade de Paz naquela região

O arcebispo de Seul vai presidir à Peregrinação Internacional Aniversária à Cova da Iria, dias 12 e 13 de outubro, que evoca a última Aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos em 1917.

A presença do cardeal Andrew Yeom Soo-jung em Fátima exprime, uma vez mais, a atenção que o Santuário tem dado ao continente asiático, de onde se tem registado um aumento anual de peregrinos, mas é, também, uma chamada de atenção para a necessidade de paz naquela zona do globo.

Este é, de resto, um tema muito frequente nas alocuções do prelado asiático que ainda no ano passado, na mensagem de Natal deixada à sua comunidade lembrava que a paz “é o tema mais importante na nossa vida” sublinhando que os cristãos “são os primeiros a responder ao desejo humano de paz, segundo o plano de Deus, radicado no amor e na justiça”.

“Nós, cristãos, somos chamados a ser os primeiros construtores de paz neste mundo” enfatizava na ocasião o prelado asiático apelando à oração pela paz “que é um dom de Deus”.

“Como o Papa Francisco sempre ressaltou, devemos ter a misericórdia em nossas mentes, por um perdão infinito e uma partilha incondicionada. Sobretudo, devemos começar pela oração. A paz verdadeira é um dom de Deus que podemos receber somente quando o pedimos através da oração. Portanto, continuemos a rezar pela paz na península coreana”, afirmou o cardeal sul coreano.

Recorde-se que no ano do Centenário das Aparições, uma das imagens da Virgem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima esteve na Coreia do Sul, entre 22 de agosto e 13 de outubro, tendo percorrido 14 dioceses, numa visita sem precedentes. Na altura, o Santuário da Paz de Fátima, localizado perto da fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, acolheu de 22 a 30 de agosto, uma novena pela paz no país.

A iniciativa resultou de uma organização conjunta do Apostolado Mundial de Fátima neste país da península coreana e da Igreja Católica local, estimando-se que nestes 50 dias, cerca de 60 mil peregrinos tenham acompanhado a imagem da Virgem Peregrina.

Em 2018, dos 481 grupos de peregrinos provenientes da Ásia, que participaram nas celebrações oficiais do Santuário, 125 foram sul coreanos.

A Ásia é o “Eixo para onde o mundo cristão caminha”, disse o bispo de Leiria-Fátima, cardeal D. António Marto, no início do ano.

O programa da Peregrinação Internacional Aniversária de outubro integra às 16h00 do dia 12 a habitual conferência de imprensa, na qual participarão o cardeal de Seul, o cardeal D. António Marto e o reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas.

Esta peregrinação, que evoca a última Aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos na Cova da Iria, em 1917, começa com saudação inicial às 18h30, na Capelinha das Aparições; prossegue com a recitação do Rosário às 21h30, seguida da Procissão das Velas e Missa da Vigília. Nesta peregrinação, como já vem sendo tradição, a Vigília é assegurada pelos colaboradores do Santuário de Fátima.

No dia seguinte, 13 de outubro, a oração do Terço é às 09h00, seguida da Missa Internacional, que termina com a Procissão do Adeus, no Recinto de Oração .

As principais celebrações vão ter interpretação em língua gestual portuguesa e podem ser seguidas em direto em www.fatima.pt

Feito cardeal em fevereiro de 2014, no primeiro consistório do Papa Francisco, o arcebispo de Seul está no governo da arquidiocese desde 2001, altura em que foi nomeado bispo-auxiliar.

Professor e Presidente da Songshin de Ensino Médio, Seminário Menor da Arquidiocese de Seul, entre 1973 e1977, foi durante 10 anos pároco em três paróquias distintas e em 1987 foi nomeado para o Seminário Maior de Seul, missão que desempenhou até 1992. Foi ainda membro do Conselho Permanente e da Comissão para as Missões, e da Comissão para a Pastoral da Saúde da Conferência Episcopal da Coreia, bem como presidente do Comité para o Apostolado dos Leigos. A 12 de janeiro de 2014, foi anunciada a sua nomeação como cardeal, o que se concretizou em fevereiro de 2014, tendo recebido o título de cardeal presbítero de São Crisógono.