O Santo Padre disse no Angelus deste domingo, 6, que a parábola do “Pai Misericordioso”, faz compreender algumas características deste pai: “um homem sempre pronto a perdoar e que espera”. “É com tolerância que aceita a saída do filho de casa, disse o Papa. “Assim age Deus conosco. Deixa-nos livres, mesmo de errar, porque criando-nos deu-nos o grande dom da liberdade”.
Segundo o Papa, este pai, apesar de distante fisicamente daquele filho, trá-lo sempre no coração; espera confiante o seu regresso. Quando vê o filho regressar “corre para ele, abraça-o e beija-o”.
Terceiro Filho
Segundo o Papa Francisco nesta parábola podemos reconhecer um terceiro filho escondido: Jesus que “não considera um privilégio ser como o Pai e esvaziou-se a si próprio, assumindo condição de servo” e ensina-nos “a ser misericordiosos como o Pai”:
“A figura do pai da parábola revela o coração de Deus. Ele é o Pai Misericordioso que em Jesus nos ama para além de qualquer medida, espera sempre a nossa conversão cada vez que erramos”.
Atentado às religiosas no Yemen
Após a oração do Angelus, o Papa Francisco expressou a sua proximidade para com as Missionárias da Caridade pelo “grave luto que as atingiu há dois dias com a morte de quatro religiosas em Aden, no Yemen, onde assistiam idosos. Rezo por elas e pelas outras pessoas mortas no ataque e pelos familiares.”
“Estes são os mártires de hoje e não são primeira página dos jornais, não são notícia, estes dão o seu sangue pela Igreja. Estes são vítimas do ataque daqueles que os mataram e também da indiferença, desta globalização da indiferença”, afirmou o Pontífice.
“Madre Teresa acompanhe no paraíso estas suas filhas mártires da caridade e interceda pela paz e pelo sagrado respeito pela vida humana”, completou.
Corredores humanitários para refugiados
O Santo Padre mencionou ainda um projeto concreto de compromisso pela paz que se iniciou recentemente em Itália permitindo corredores humanitários para refugiados:
“Este projeto piloto que une solidariedade e segurança, permite ajudar pessoas que fogem da guerra e da violência, como os cem refugiados já transferidos para Itália, entre os quais crianças doentes, pessoas deficientes, viúvas de guerra com filhos e idosos. Alegro-me também porque esta iniciativa é ecuménica, sendo apoiada pela Comunidade Santo Egídio, a Federação das Igrejas Evangélicas Italianas e Igrejas Valdesas e Metodistas”, declarou o Papa Francisco.
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