Padre António Justino Filho
20 Fevereiro 2022
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A originalidade de quem assume o mandamento do amor dirigido a todos

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A pregação de Jesus questiona a forma como assumimos o mandamento do amor na base do “sempre se fez assim”, desafiando-nos a assimilar um amor inclusivo, dirigido a todos, mesmo aos inimigos e aos que nos odeiam.

Realizar este desafio garante originalidade a quem o assume, diferenciando o discípulo de Jesus dos pecadores e aproximando-o cada vez mais do exemplo do Pai do céu que é misericordioso, a quem Jesus convida a imitar (Lc 6,36). Deus é, efetivamente, o grande modelo de amor e misericórdia. Sendo Pai, é natural que os filhos procurem imitá-l’O, honrando a sua herança. O amor misericordioso do Pai, assumido pelos cristãos, é uma espécie de ADN que torna mais explícita a imagem e semelhança de Deus conferida na criação.

1ª Leitura: Primeiro Livro de Samuel 26, 2.7-9.12.22-23 — “O Senhor entregou-te nas minhas mãos, mas eu não quis atentar contra ti”
Toda a palavra da Sagrada Escritura é revelação de Deus, da primeira página até a última, mas é uma revelação gradual, progressiva, que acompanha o próprio crescimento da vida de fé do povo de Deus. O que o Evangelho há-de revelar acerca de Deus e dos seus desígnios de misericórdia e salvação já , sem dúvida menos claramente, o revelara o Antigo Testamento. Assim nesta leitura, já na atitude bondosa e pacífica de David se antecipa aquela palavra da lei nova que o Senhor há-de proclamar no Evangelho: “Amai-vos uns aos outros…”.

Salmo 102 (103) — O Senhor é clemente e cheio de compaixão.

2ª Leitura: Primeira Epístola do Apóstolo São Paulo aos Coríntios 15, 45-49 — “Assim como trazemos em nós a imagem do homem terreno, procuremos também trazer em nós a imagem do homem celeste”
Continuando a expor a doutrina sobre a ressurreição, o Apóstolo estabelece o confronto entre o primeiro homem da primeira criação, Adão, de quem nascem todos os mortais, e o novo Adão, Cristo, o Primeiro da nova humanidade dos filhos de Deus, que vivem para Deus da vida imortal de Cristo ressuscitado.

Evangelho: São Lucas 6, 27-38 — “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso”
O comportamento do discípulo de Cristo é a resposta ao que o Mestre tem para com ele, que tudo se resume na palavra: “Amai-vos como Eu vos amei”. Mas, por sua vez, a atitude de Jesus para como os homens é a manifestação da atitude do coração do Pai, de quem Ele, Jesus, é a imagem perfeita, encarnada no meio dos homens. Esta imitação que somos chamados a realizar não é alguma coisa que fazemos fora e de longe, mas como membros que somos do próprio Cristo, o Filho de Deus, no qual também nós somos filhos do Pai celeste, “filhos no Filho”.

Shear it!

Padre António Justino Filho

Comunidade Canção Nova Portugal. Está neste momento numa imersão missionária na Diocese de Évora

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