A humildade é essencial na atitude de quem reza

Se, no último domingo, a liturgia falava da perseverança na oração, hoje as leituras apontam para a humildade como atitude base do orante. E fá-lo de uma maneira muito bela, desde logo no Livro de Ben-Sirá: “A oração do humilde atravessa as nuvens e não descansa enquanto não chega ao seu destino”. É verdade que, como diz o autor sagrado, o Senhor não faz acepção de pessoas; porém, valoriza aqueles que privilegiam a humildade e pobreza diante da sua Omnipotência. Só sendo mendigos de Deus e apresentando-nos junto d’Ele de mãos vazias podemos viver a relação com o Senhor no registo certo.

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1ª Leitura: Livro de Ben-Sirá 35, 15b-17.20-22a — “A oração do humilde atravessa as nuvens”
Deus é a própria Verdade; diante d’Ele o homem deve agir com toda a verdade, sob pena de não ser acolhido por Ele. A oração deve ser o momento mais verdadeiro diante de Deus. E a oração humilde será sempre escutada por Deus.

Salmo 33(34) — O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz.

2ª Leitura: Segunda Epístola de São Paulo a Timóteo 4, 6-8.16-18 — “Já me está preparada a coroa da justiça”
A leitura faz-nos escutar a última mensagem de São Paulo antes de sofrer o martírio: abandonado dos homens, ele sente-se plenamente confiante na justiça de Deus que nunca o abandonou nem abandonará.

Evangelho: São Lucas 18, 9-14 – “O publicano desceu justificado para sua casa e o fariseu não”
Jesus ensina, por meio de uma parábola, como devemos orar. Este ensinamento não se aplica somente à oração individual, mas também à oração da assembleia litúrgica, onde os sinais de festa hão-de proceder sempre de um coração humilde e consciente do dom de Deus, que comunitariamente celebramos.

Ver também liturgia do passado domingo:
Como rezar sempre sem desanimar?