A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denuncia a situação “muito complexa” das minorias religiosas em Mianmar – antiga Birmânia – de maioria budista e exemplifica com a situação de dois pastores Batistas presos antes do Natal.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a AIS informa que o exército prendeu e acusou Dawng Nawng Latt e La Jaw Gam Hseng, pastores de uma Igreja Baptista, de “alegadamente terem colaborado com grupos separatistas” mas ainda não foram a tribunal.
A fundação pontifícia considera que esta prisão é exemplificativa da situação “muito complexa” em que se encontram as minorias religiosas em Mianmar, país asiático maioritariamente budista.
A instituição católica adianta que “pouco se sabe” dos dois pastores cristãos que foram detidos a 24 de dezembro de 2016.
Para a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, Mianmar integra o grupo de países sob “avaliação constante” e no relatório sobre Liberdade Religiosa no Mundo, de 2016, contabiliza que foram destruídas 66 igrejas cristãs pelo exército nos últimos seis anos.
O comunicado da AIS destaca que para além dos cristãos outras minorias têm sido vítimas de perseguição religiosa, como os muçulmanos “rohingya”, cujo drama foi lembrado pelo Papa Francisco esta quarta-feira, na audiência pública semanal, no Vaticano.
“Expulsos de Mianmar, vão de um lugar para o outro, porque não os querem. São pessoas boas, pacíficas. Não são cristãos? São bons, são irmãos e irmãs nossas, que sofrem há anos: foram torturados, mortos, simplesmente por manterem as suas tradições, a sua fé muçulmana”, disse.
Fonte:Agência Ecclesia
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