O Papa Francisco denunciou no Vaticano o “martírio” de cristãos em várias partes do mundo, ao assinalar a festa litúrgica do primeiro mártir, Santo Estêvão.
“Ainda hoje a Igreja, para dar testemunho da luz e da verdade, experimenta em vários lugares duras perseguições, até à suprema prova do martírio. Quantos dos nossos irmãos e irmãs na fé sofrem abusos, violência e são odiados por causa de Jesus”, disse, antes da oração do ângelus, desde a janela do apartamento pontifício.
Perante milhares de pessoas reunidas para este tradicional encontro no dia a seguir ao Natal, o Papa afirmou que “os mártires de hoje são em maior número do que os dos primeiros séculos”.
“Quando lemos a história dos primeiros séculos, aqui em Roma, lemos tanta crueldade com os cristãos. Eu digo-vos: a mesma crueldade existe hoje e em maior número”, assinalou, de improviso.
Francisco declarou que toda a Igreja está junto destes cristãos com “afeto”, “oração” e também com “pranto”.
“Ontem, dia de Natal, os cristãos perseguidos no Iraque celebraram o Natal na sua catedral destruída. É um exemplo de fidelidade ao Evangelho”, observou.
Segundo um estudo do ‘Center for Study of Global Christianity’ (Centro de Estudos do Cristianismo Global), citado pela Rádio Vaticano, em 2016 houve 90 mil cristãos mortos e cerca de 500 milhões sofreram limitações à sua liberdade religiosa.
Esta manhã, através da sua conta na rede social Twitter, o Papa quis lembrar “os mártires de ontem e de hoje”, na festa de Santo Estevão.
“Vençamos o mal com o bem, o ódio com o amor”, apelou.
Após a recitação do ângelus, Francisco quis agradecer as várias mensagens de Natal que recebeu nos últimos dias, renovando os seus votos de “paz e de serenidade”.
Fonte: Agência Ecclesia
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