O Papa presidiu este domingo ao rito de canonização de sete fiéis católicos e afirmou na homilia da Missa que os santos “rezaram com todas as forças, lutaram e venceram”.
“Os santos são homens e mulheres que entraram profundamente no mistério da oração, que lutaram com a oração, deixando rezar e lutar neles o Espírito Santo”, afirmou Francisco na celebração que acontece a pouco mais de um mês do final do Jubileu da Misericórdia (20 de novembro).
O Papa lembrou que rezar não é “refugiar-se num nundo ideal”, mas “lutar” e deixar que o Espírito Santo reze em cada mulher e homem.
“Os sete testemunhos que hoje foram canonizados, combateram a boa batalha da fé e do amor coma oração. Pelo seu exemplo e a sua intercessão, Deus nos conceda também a nós de sermos homens e mulheres de oração”, referiu Francisco na homilia da Missa, na Praça de São Pedro.
Entre os santos canonizados por Francisco está a monja francesa Isabel da Trindade (Isabel Catez), da Ordem das Carmelitas Descalças.
A Rádio Vaticano apresenta a santa francesa como uma “grande mística”, contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus.
A religiosa carmelita morreu em 1906 aos 26 anos, após um longo sofrimento causado pela Doença de Addison.
Francisco canonizou também uma das figuras que o inspirou, José Gabriel del Rosario Brochero (1840-1914), conhecido como o ‘Cura Brochero’, que percorreu a Argentina numa mula para levar a mensagem do Evangelho no século XIX.
Em 2013, após a beatificação deste sacerdote, o Papa desejou no Vaticano que haja mais padres capazes de “dar a sua vida ao serviço da evangelização, seja de joelhos diante do crucifixo, seja dando testemunho em todos os lugares do amor e da misericórdia de Deus”.
Outro dos novos santos é o jovem José Sánchez del Río, mexicano (1913-1928), martirizado aos 14 anos durante a perseguição religiosa no México.
A lista inclui ainda o mártir Salomão Leclercq (1745-1792), dos Irmãos das Escolas Cristãs; o fundador da União Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré, D. Manuel González García (1877-1940), bispo de Palença (Espanha); o padre Ludovico Pavoni (1784-1849), fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada; o padre Alfonso Maria Fusco (1839-1910), fundador da Congregação das Irmãs de São João Batista.
Francisco proclamou até hoje 29 santos (o italiano Antonio Primaldo foi canonizado juntamente com 812 companheiros leigos) em oito cerimónias no Vaticano, duas fora da Itália (EUA e Sri Lanka) e sete canonizações por equipolência (sem necessidade de novo milagre).
Entre os santos proclamados no pontificado de Francisco estão os Papas João XXIII e João Paulo II, a Madre Teresa de Calcutá e o padre nascido na então Goa Portuguesa, São José Vaz.
Fonte: Agência Ecclesia
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