Estamos no 12º domingo do tempo comum! Vejamos o que a Liturgia da Palavra nos ensina:
O Livro da Sabedoria (Sb 1, 13-15; 2, 23-24) abre-nos uma janela de esperança sobre a vida para além da morte, que não tem a última palavra sobre nós. A morte é apresentada como uma invenção do demónio. Deus é o autor da vida e não se alegra com a perdição de alguém. Mas a verdadeira morte é o pecado que contradiz o amor. Deus, porque é amor infinito, é o Senhor da vida que não conhece ocaso.
O apóstolo Paulo faz uma exortação à generosidade dos cristãos de Corinto (2Cor 8, 7.9.13-15), pois havia outras comunidades cristãs que passavam por graves dificuldades. Como fonte de inspiração dá o exemplo de Cristo: “Conhecereis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza”. Para ser generoso não é preciso ser rico. É preciso sim ter um coração cheio de amor, assumindo como próprias as necessidades dos outros.
O Evangelho (Mc 5, 21-43) apresenta-nos dois milagres de Jesus em que a doença e a morte são vencidas. Todas as doenças têm a marca da morte, com a diminuição da vida. Mas a perda de sangue durante 12 anos era sinal do abismo da morte que se aproximava. E uma jovem de 12 anos que diz adeus à vida é um drama para qualquer família.
Cristo nunca se apresenta como um herói reinando acima do sofrimento humano. Deixa-se tocar por quem sofre, sintoniza com a nossa dor, chora perante as nossas desgraças, pois fazemos parte da sua vida, somos seus. Os milagres que o Evangelho nos apresenta não aparecem como um espetáculo do poder sobre-humano de Jesus, mas como uma resposta de Deus à fé dos que a Ele recorrem com confiança: “Minha filha, a tua fé te salvou”, “Não temas; basta que tenhas fé”. Não é verdade que nós, felizmente crentes, precisamos de crescer na fé em Deus, nosso máximo benfeitor?
Contemplemos ainda o domingo do Senhor com o Salmo 29 (30) – Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes.
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