Santuário assinala Dia dos Avós e convida a descobrir o verdadeiro “tesouro” que é Deus

Milhares de Peregrinos, distribuídos em segurança pelo Recinto de Oração, foram interpelados a rezar também pelos bombeiros

foto | Santuário de Fátima

O Santuário de Fátima assinalou hoje o Dia dos Avós, na memória litúrgica de São Joaquim e Santa Ana, avós de Jesus, propondo, no final de todas as missas do programa oficial, a consagração dos avós a Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

A oração, que  é um tributo ao legado de vida dos avós, e que na Missa do Recinto foi lida por um casal de avós, pede a intercessão da Virgem na devolução da esperança a todas as gerações, sobretudo neste tempo de pandemia.

“Vivemos tempos difíceis, tempos de crise. E a esperança parece definhar no coração de muitos” refere a oração ao pedir a Nossa Senhora que guie a Humanidade- velhos e novos- “pelos caminhos da vida e da santidade” sem perder de vista “os valores sagrados da família, da fidelidade e do amor”.

Na principal Missa dominical do Santuário, presidida pelo reitor, padre Carlos Cabecinhas, foi pedido igualmente aos peregrinos que tivessem nas suas intenções uma oração especial pelo bombeiro que ontem perdeu a vida no comabte a um incêndio em Oleiros.

“Num prazo muito curto é o terceiro bombeiro que morre dando a vida pela proteção de todos nós e isso não nos pode deixar indiferentes” afirmou o responsável pelo Santuário de Fátima.

Por isso, “rezemos por ele, pelos familiares que sofrem a dor da separação e da perda, pelos que ficaram feridos e por todos os que, por estes dias, combatem as chamas por todo o país.”

Na sua homilia, o padre Carlos Cabecinhas falou de Jesus como o “tesouro” pelo qual vale a pena “arriscar tudo”, porque oferece “a alegria de descobrir um sentido para a vida”.

O reitor do Santuário explicou que, na passagem do Evangelho lida hoje nas igrejas de todo o mundo, e que apresenta duas parábolas- a da pérola de grande e a do tesouro escondido no meio do campo- o Reino do Céu é comparado a duas realidades “preciosas” diferentes, sem que uma seja melhor do que a outra.

“Também a nossa vida é feita de escolhas e de opções e não necessariamente de escolhas entre o bem e o mal, mas entre um bem e outro bem”, referiu sublinhando que são essas opções que vão “determinando a vida e o sentido que lhe queremos dar”.

Ao apresentar as duas parábolas, o Evangelho interpela-nos a identificar “qual o tesouro que mais sentido dá à nossa vida” afirmou ao interpelar diretamente os peregrinos: “afinal qual é o nosso tesouro? Ser cristão é ter como prioridade Deus, viver em comunhão com Ele”.

O padre Carlos Cabecinhas concluiu que o verdadeiro tesouro dos cristãos “é Deus” porque “com Ele, e na Sua comunhão, tudo o resto é visto com outra luz, a Luz de Deus, que ilumina as nossas vidas”.

O sacerdote lembrou a este propósito os Pastorinhos que, depois das aparições e da forte experiência que fizeram de Deus, por meio do Anjo e de Nossa Senhora, souberam nas suas curtas vidas configurar o seu quotidiano a Deus.

“Eles não deixaram de fazer aquilo que era próprio das suas idades, mas fizeram-no a partir de Deus” fosse na oração fosse na atenção aos outros.

Nesta Missa já participaram alguns milhares de peregrinos que compunham o Recinto de Oração respeitando as regras de segurança, nomeadamente através do distanciamento social e do uso de máscara.

Fonte: Santuário de Fátima