“É verdade que a crise atual afeta a todos, mas a dignidade das pessoas deve sempre ser respeitada. É por isso que uno a minha voz ao apelo desses trabalhadores e de todos os trabalhadores explorados”, disse Francisco.
No final da Audiência Geral desta quarta-feira (06/05), o Papa Francisco fez um apelo em prol dos trabalhadores agrícolas, dentre os quais muitos migrantes, duramente explorados.
Por ocasião do 1º de maio, recebi várias mensagens sobre o mundo do trabalho e seus problemas. Fiquei particularmente impressionado com aquele dos trabalhadores agrícolas, entre eles muitos migrantes, que trabalham nas regiões rurais da Itália. Infelizmente, muitos são extremamente explorados. É verdade que a crise atual afeta a todos, mas a dignidade das pessoas deve sempre ser respeitada. É por isso que uno a minha voz ao apelo desses trabalhadores e de todos os trabalhadores explorados. Que esta crise nos dê a oportunidade de tornar a dignidade da pessoa e do trabalho o centro da nossa preocupação.
Referindo-se ao apelo do Papa Francisco, dom Giovanni Checchinato, bispo da Diocese de San Severo, situada na região da Apúlia, sul a Itália, área em que surgiram os “guetos” dos trabalhadores agrícolas, destaca que é uma “injustiça evidente” colocar o lucro acima da dignidade das pessoas.
O prelado recorda que o trabalho é “uma experiência sagrada” ligada à humanidade e isso o Papa lembrou muitas vezes, sobretudo na Encíclica Laudato si’. “O trabalho é a experiência com a qual os homens colaboram com Deus. É absolutamente injusto manipular a dimensão do trabalho com outros fins que não sejam os da promoção humana”, conclui dom Checchinato.
Fonte: Agência Ecclesia
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