A Plataforma Pensar & Debater, e mais precisamente o nosso Movimento Stop eutanásia, enviou, a 8 de abril, uma Carta Aberta aos Deputados da Assembleia da República em tempo de Covid-19, fazendo um apelo aos partidos políticos que apresentaram projetos de lei para descriminalizar a morte assistida em Portugal, no sentido de estes retirarem as respetivas iniciativas legislativas, já aprovadas na generalidade pelo Parlamento. Esta seria uma atitude magnânima e de elevada grandeza humana perante um povo, que hoje se encontra chamado a lutar pela vida de todos os portugueses.
Este projeto que visa humanizar Portugal, sustenta esta consciencialização referindo na carta que “jamais na nossa História recente nos deparámos com uma situação como a que atualmente
vivemos. Hora de incertezas, de angústias e de fragilidade. Nesse sentido, e porque de alguma forma todos acordámos para estarmos prontos para servir o nosso país e o nosso povo, temos constatado, na essência da alma portuguesa, uma forte vontade de combater o terrível vírus Covid-19 e de valorizar a vida e todas as vidas.
Olhando para o mundo, vemos como em todas as nações e lugares, não apenas os médicos e todos os profissionais de saúde, mas também os políticos, os responsáveis pelas autoridades de saúde, os cientistas, os empresários, os professores, os cuidadores, as famílias, todos estão empenhados com todas as suas forças, talentos e gestos a salvar vidas.
Portugal não é exceção e por isso congratulamo-nos com muitas das declarações dos nossos responsáveis, nomeadamente no âmbito da Saúde, que afirmam que estarão sempre do lado da vida, seja ela de crianças, jovens ou idosos.
Não tenhamos dúvidas. A realidade atual que todos estamos a viver traz uma mudança social que a todos impacta e exige um esforço transformador das nossas rotinas de vida, em sociedade e em família. Também o novo paradigma da saúde é outro. Sabemos que estamos diante de grandes dilemas éticos, diante de escolhas que têm de ser feitas em cada momento, as quais põem em causa algumas ideias e posições sobre a dignidade da vida humana.
Pensar em eutanásia é algo que assusta e repugna neste momento, quando o objetivo é correr para aliviar e curar os nossos doentes do Covid-19 entre outras doenças que necessitam de tanto ou mais cuidados. Hoje, urge salvar vidas. Amanhã, sabemos como é premente a melhoria das condições de saúde dos portugueses, nomeadamente no reforço da rede de cuidados continuados e paliativos.
O tema da despenalização da eutanásia deixou de ter espaço na agenda política e social, porque neste tempo de pandemia mundial todos aprendemos a valorizar ainda mais a vida, o outro, a família e a humanidade.”
O movimento Stop Eutanásia termina a sua carta afirmando que “Portugal é pela vida.”
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