Em todos os momentos do nosso dia, estamos a escolher entre uma coisa ou outra. Escolhemos entre acordar e ficar mais um pouco na cama; entre tomar café, com ou sem leite, ou simplesmente não o tomar; entre ir a pé, de ônibus ou de carro para o trabalho. Enfim, diariamente, estamos fazendo escolhas tão corriqueiras, que nem nos damos conta.
Cada escolha que fazemos tem o poder de interferir mais ou menos na nossa vida, até as mais corriqueiras. Por exemplo: você pode escolher ir de ônibus ao trabalho em vez de ir a pé. Isso o faz chegar mais rápido. Todavia, se você tiver uma vida muito sedentária, caminhar, certamente, fará bem à sua saúde. Ir de ônibus é menos confortável, porém mais barato. Ir de carro é mais confortável, porém, o custo é muito mais caro.
Quando tomamos uma decisão, embora não percebamos, colocamos nela os nossos desejos, limites e vícios, nossas tendências, concupiscências e virtudes. Enfim, nossas decisões revelam quem, de fato, somos.
Qual é consequência de uma escolha errada?
O pior é que, quando colocamos o nosso “eu” no foco das nossas decisões, dificilmente acertamos. Quando escolhemos beneficiar o nosso “eu”, existe uma probabilidade muito grande de estarmos entrando num poço sem fim, porque o fruto de uma escolha errada é o sofrimento.
Veja se não estou certo: Quando uma moça ou um rapaz escolhe o futuro cônjuge baseado, unicamente, em atributos físicos, status social ou pelo dinheiro que ele (ou ela) possui, provavelmente, essa pessoa terá um casamento infeliz, que poderá terminar em uma traição ou um divórcio. O mesmo acontece quando o namoro é baseado em festas e fins de semana de agito, sem diálogo, sem conhecimento.
O peso das nossas escolhas
Quando um jovem escolhe a vida sexual antes do casamento, de maneira irresponsável, qual o fruto dessa escolha? Provavelmente, um filho indesejado e/ou, para muitos, a AIDS.
Quando um pai de família escolhe deixar a esposa para se aventurar com uma moça mais nova, qual a consequência dessa escolha? Uma esposa machucada, filhos decepcionados e, certamente, esse próprio pai, lá na frente, frustrado, desejoso de voltar para a família, porém, sem o acolhimento dos filhos e da própria esposa.
Quando alguém escolhe o caminho do prazer sem limites, da droga, do vício, quais os frutos que essa pessoa colhe? Tenho visto, ao longo desse tempo, muitos jovens desejosos de sair do vício, sofrendo muito para se libertar; e mesmo aqueles que persistem nessa vida, são pessoas sem brilho, sem vida, sem perspectiva.
Veja, não estou aqui recriminando nem apontando os pecados de ninguém. Só estou mostrando qual a consequência de uma escolha errada, para que, nas próximas decisões que você tiver de tomar na sua vida, você possa fazer escolhas mais corretas.
A razão precisa sempre nos guiar
Certa vez, ouvi de um padre amigo meu algo que mexeu muito comigo e, até hoje, é um norte para mim. Para tomar decisões acertadas, você precisa colocar seus sentimentos abaixo da razão, pois não se decide nada com base em sentimentos. Depois, coloque a razão abaixo da Palavra de Deus, pois a ela é vida. Por fim, ponha a Palavra abaixo da voz do Espírito, pois Ele guia os nossos passos.
Nada se decide sem Deus. Você pode até resolver sua vida sem Deus, porque, se Ele lhe deu o livre-arbítrio, quem sou eu para obrigá-lo? Porém, na minha terra, há um ditado que diz assim: “Cachorro mordido por cobra tem medo até de linguiça!”.
Se você já fez escolhas erradas na vida, sabe do que eu estou falando. Se você já sofreu tanto na vida, e hoje tem medo de fazer novas escolhas, você também sabe o que estou dizendo. Ninguém quer errar novamente. Eu não quero errar e sei que você também não. Portanto, tomemos como base o que o Senhor nos ensina e seremos felizes. Ele é o caminho a verdade e a vida!
Mesmo que as escolhas indicadas por Jesus sejam aparentemente sofridas, em nada se comparam aos sofrimentos que você teria se seguisse o caminho do seu próprio sentimento. Por exemplo: uma moça ama um rapaz que quer fazer sexo com ela antes do casamento. Jesus indica: diga não, mesmo que Ele a abandone. Se a moça tiver que acabar esse namoro para fazer o que Jesus e sua Igreja indicam, mesmo sofrendo, sofrerá menos do que se resolvesse se entregar a esse rapaz. Lá na frente, ele poderá deixá-la ou ela pode engravidar. Entende o que eu digo?
Esteja atento às suas decisões, e coloque sempre Jesus e Seus ensinamentos no meio delas. Agindo assim, você nunca errará!
Equipa de Colunistas do Formação
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