O Catecismo da Igreja Católica, nos números 538 a 540, continua a nos ensinar a respeito dos mistérios da vida pública de Jesus.
Assista ao programa:
Os Evangelhos falam de um tempo de solidão de Jesus no deserto, imediatamente após seu batismo por João: “Levado pelo Espírito” ao deserto, Jesus ali fica 40 dias sem comer, vive com os animais selvagens e os anjos o servem. No fim dessa permanência, satanás o tenta por três vezes, procurando questionar sua atitude filial para com Deus. Jesus rechaça esses ataques que recapitulam as tentações de Adão no Paraíso e de Israel no deserto, e o diabo afasta-se d’Ele “até o tempo oportuno” (Lc 4,13)
Devemos rechaçar as tentações
Os evangelistas assinalam o sentido salvífico desse acontecimento misterioso. Jesus é o novo Adão, que ficou fiel onde o primeiro sucumbiu à tentação. A vitória de Jesus sobre o tentador, no deserto, antecipa a vitória da Paixão, obediência suprema de seu amor filial ao Pai. A tentação de Jesus manifesta a maneira que o Filho de Deus tem de ser Messias – o oposto da que lhe propõe satanás e que os homens desejam atribuir-lhe. É por isso que Cristo venceu o tentador por nós.
Também a Palavra de Deus vai nos ensinar o seguinte: “Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: ‘É Deus que me tenta’, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco tenta a alguém. Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz” (Tiago 1,13-14).
Portanto, meus irmãos, não é Deus quem nos tenta! Somos tentados pela nossa própria concupiscência. E as tentações vão surgindo para – a exemplo do que aconteceu com Nosso Senhor – também nos questionar em nossa atitude filial para com Deus, ou seja, para questionar o nosso amor ao Pai, o nosso serviço ao Evangelho, o nosso desejo de santidade.
Diante das tentações, devemos fazer o mesmo que Cristo fez: rechaçar cada uma delas! É preciso rechaçar e não ficar “lidando” com esses ataques do inimigo, pois as tentações sempre mexem com os nossos sentidos e querem nos levar a cair em algo, a princípio, prazeroso, mas que não passa de uma armadilha.
Tomemos cuidado com as tentações, pois elas são como “ratoeiras”, capazes de nos atingir se não estivermos vigilantes e firmes na graça de Deus.
Um forte abraço!
Alexandre Oliveira
Membro da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Alexandre é natural da cidade de Santos (SP). Casado, ele é pai de dois filhos. O missionário também é pregador, apresentador e produtor de conteúdo no canal ‘Formação’ do Portal Canção Nova.
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