O amor gera santidade!
A vontade de Deus é a nossa santificação. Ele mesmo nos revela: “Eu sou o Senhor, vosso Deus; santificar-vos-eis, portanto, para serdes santos, pois eu sou santo” (Lv 11,44).
Quando um doutor da lei perguntou a Jesus a respeito do maior mandamento, Ele respondeu citando um trecho do livro do Deuteronômio: “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com todo o teu ser, com todas as tuas forças” (Dt 6,5) e acrescentou: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 39).
A receita para a santidade é o amor que se realiza por meio de atitudes concretas.
Além de mostrar que este é o caminho para a santidade e que o amor se faz mediante atitudes concretas, Jesus nos diz que seremos julgados pelo amor. Ele afirma: o que fazemos ou deixamos de fazer em gestos concretos de amor é a Ele que o fazemos ou não. Nesse julgamento, ou receberemos o prêmio máximo ou o castigo máximo. Ele quer nossa santidade. Por isso, nos dá uma ordem: “Sede santos porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou Santo”.
Deus sabe que somos egoístas e que sempre queremos o melhor para nós, por isso, nos ensina a amar o próximo. É como se Deus dissesse: “Vocês têm um amor-próprio muito grande, são egoístas, egocêntricos, sempre buscam o melhor para si. Justamente, por causa disso, amem ao próximo como vocês amam a si mesmos!”.
Se você quer ter casa para morar, a melhor roupa para vestir, queira isso para o seu próximo. Se você quer e precisa de um trabalho honrado e um salário para sobreviver, se quer um prato de comida em casa, uma cama para dormir, agasalhos numa noite fria, queira isso também para seu próximo. Ame seu próprio como você ama a si mesmo.
O amor ao próximo é como a luz refletida da lua. Você sabe: a lua não tem luz própria. A luz da lua, e ela é tão linda, é a mesma luz do sol refletida. Por isso, ela é linda: não é sua própria luz, é a luz do sol que ela reflete. O “amar o próximo como a si mesmo” é a luz refletida. É a própria luz do amor de Deus que rebate em nós e reflete nos outros.
Os egoístas são infelizes porque são insaciáveis. Ninguém se sacia no egoísmo, buscando sempre o melhor para si. Fomos feitos para o amor, nossa satisfação está em amar! A verdadeira regra é esta: o primeiro é Deus; em segundo, o próximo; e eu sou sempre o terceiro. É nisso que consiste a felicidade.
Os maiores gestos de amor são sofridos. Um exemplo é a mulher que dá a luz uma criança; depois do parto, ela nem se lembra mais da dor. Amor e dor andam juntos.
O amor exige renúncia. Não é simplesmente renunciar a si mesmo, mas renunciar a si mesmo para se dar, para amar, para amparar, para socorrer, para fazer a felicidade do outro.
Deus abençoe!
Padre Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
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