A Santa Sé denunciou no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, a existência de “crimes contra a humanidade” na Síria, que permanecem “impunes”, como os “ataques diários contra a população civil”.
“Acontecimentos recentes vindos da Síria parecem reforçar o sentimento de abandono diante de uma infindável tragédia humana causada pela continuação do conflito e o êxodo dos refugiados, pelo desrespeito dos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais”, disse monsenhor Richard Gyhra, encarregado interino da Missão Permanente da Santa Sé na Suíça.
O conflito na Síria arrasta-se desde março 2011, provocando mais de 250 mil mortes, mais de 4 milhões e meio de refugiados e 6,5 milhões de deslocados internos.
O diplomata do Vaticano disse que é “urgente” enviar assistência humanitária e que todas as partes devem ser envolvidas no processo de paz.
“Uma dimensão crucial a ser observada na construção sustentável do processo de paz é o respeito pela sociedade plural, na qual minorias étnicas, religiosas e linguísticas têm reconhecidos seus lugares como membros integrais da sociedade e do Estado sírio”, defendeu.
“A sobrevivência e o bem-estar destas minorias são a garantia de um Estado democrático, respeitoso das diferenças”, acrescentou monsenhor Richard Gyhra.
Segundo o representante da Santa Sé, o regresso de refugiados e deslocados internos é “uma condição essencial para a reconciliação, reconstrução e sustentabilidade” em qualquer solução do conflito.
Fonte: Agência Ecclesia
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