O Papa Francisco recebeu na tarde deste sábado (28/10) na Sala do Sínodo, no Vaticano, os participantes na Conferência “Repensar a Europa. Uma contribuição cristã ao futuro do projecto europeu”, promovido pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE).
Apresentamos a seguir o texto integral do discurso:
“Eminências, Excelências,
Distintas autoridades,
Senhores e Senhoras,
Tenho a alegria de tomar parte neste momento conclusivo do Diálogo “(Re)thinking Europa. Uma contribuição cristã ao futuro do projecto europeu”, promovido pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE). Saúdo particularmente o Presidente, Sua Eminência o Cardeal Reinhard Marx, como também o honorável Antonio Tajani, Presidente do Parlamento Europeu, e vos agradeço pelas deferentes palavras que pouco antes me dirigiram. A cada um de vocês desejo expressar vivo apreço por terem participado em grande número a este importante âmbito de discussão. Obrigado!
O Diálogo destes dias ofereceu a oportunidade de reflectir de modo mais amplo sobre o futuro da Europa a partir de uma multiplicidade de perspectivas, graças à presença entre vocês de diversas personalidades eclesiais, políticas, académicas ou simplesmente representantes da sociedade civil.
Os jovens puderam expressar as suas expectativas e esperanças, debatendo com os mais idosos, os quais, por sua vez, tiveram a ocasião de oferecer a sua bagagem carregada de reflexões e experiências. É significativo que este encontro tenha querido ser, antes de tudo, um diálogo no espírito de um debate livre e aberto, por meio do qual enriquecer-se reciprocamente e iluminar o caminho do futuro da Europa, ou seja, o caminho que todos juntos somos chamados a percorrer para superar as crises que atravessamos e enfrentar os desafios que nos esperam.
Falar de uma contribuição cristã ao futuro do continente significa, antes de tudo, interrogar-se sobre o nosso papel como cristãos hoje, nestas terras tão ricamente plasmadas no decorrer dos séculos pela fé. Qual é a nossa responsabilidade em um tempo em que o rosto da Europa é sempre mais marcado por uma pluralidade de culturas e de religiões, enquanto para muitos, o cristianismo é percebido como um elemento do passado, distante e estranho?
Pessoa e comunidade
No ocaso da antiga civilização, quando as glórias de Roma tornavam-se as ruínas que ainda hoje podemos admirar na cidade; quando novos povos pressionavam as fronteiras do antigo Império, um jovem fez ressoar a voz do salmista: “Quem é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?”¹
Ao propor esta interrogação no Prólogo da Regra, São Bento orientou a atenção de seus conterrâneos e também a nossa sobre uma concepção do homem radicalmente diferente daquela que havia distinguido o classicismo greco-romano, e mais ainda daquela violenta que havia caracterizado as invasões bárbaras.
O homem já não é mais simplesmente um civis, um cidadão dotado de privilégios para consumar-se no ócio; já não é mais um miles, combativo servidor do poder de turno; sobretudo já não é mais um servus, mercadoria de troca privada de liberdade, destinada unicamente ao trabalho e ao desgaste.
São Bento não se preocupa da condição social, nem da riqueza, nem do poder. Ele visa a natureza comum de cada ser humano, que, qualquer que seja a sua condição, anela certamente a vida e deseja dias felizes.
Para Bento, não existem funções, existem pessoas. Não existem adjectivos, existem substantivo. É justamente este um dos valores fundamentais que o cristianismo trouxe: o sentido da pessoa, constituída à imagem de Deus. A partir de tal princípio, se construíram os mosteiros, que com ot empo se converteram em berço do renascimento humano, cultural e religioso, e também económico do continente.
A primeira, e talvez maior contribuição que os cristãos podem dar à Europa de hoje é recordar que ela não é uma colecção de números ou de instituições, mas sim que é feita de pessoas.
Infelizmente, nota-se como frequentemente qualquer debate se reduz facilmente a uma discussão de cifras. Não existem cidadãos, existem votos. Não existem os migrantes, existem as cotas. Não existem trabalhadores, existem os indicadores económicos. Não existem os pobres, existem os bolsões de pobreza.
O concreto da pessoa humana reduziu-se assim a um princípio abstracto, mais cómodo e tranquilizador. E se compreende a razão disto: as pessoas têm rostos, nos obrigam a uma responsabilidade real, concreta, “pessoal”; as cifras tem a ver com raciocínios, ainda que úteis e importantes, mas permanecem sempre sem alma. Nos oferecem um álibi para não nos comprometermos, porque nunca nos chegam a tocar a própria carne.
Reconhecer que o outro é antes de tudo uma pessoa, significa valorizar aquilo que me une a ele. O ser pessoa nos liga aos outros, nos faz ser comunidade.
Assim, a segunda contribuição que os cristãos podem dar ao futuro da Europa é a redescoberta do sentido de pertença a uma comunidade. Não por acaso os Padres fundadores do projeto europeu escolheram justamente tal palavra para identificar o novo sujeito político que ia se constituindo.
A comunidade é o maior antídoto aos individualismos que caracterizam o nosso tempo, àquela tendência difusa hoje no Ocidente a conceber-se e viver na solidão.
Se subentende o conceito de liberdade, interpretando-o como se quase fosse o dever de estar sozinhos, livres de qualquer vínculo, e como consequência, construiu-se uma sociedade desarraigada, privada de sentido de pertença e de herança. E isto para mim é grave.
Os cristãos reconhecem que a sua identidade é antes de tudo relacional. Eles estão inseridos como membros de um corpo, a Igreja (cfr 1Cor 12,12), no qual cada um com a própria identidade e peculiaridade, participa livremente à edificação comum.
Analogamente, tal relação se dá também no âmbito das relações interpessoais e da sociedade civil. Diante do outro, cada um descobre os seus méritos e defeitos; os seus pontos de força e as suas fraquezas: em outras palavras, descobre o seu rosto, compreende a sua identidade.
A família, como primeira comunidade, permanece o mais fundamental lugar de tal descoberta. Nela, a diversidade se exalta e ao mesmo tempo se recompõe na unidade. A família é a união harmónica das diferenças entre homem e a mulher, que é tanto mais verdadeira e profunda quanto mais é generativa, capaz de abrir-se à vida e aos outros.
Da mesma forma, uma comunidade civil é viva se sabe ser aberta, se sabe acolher a diversidade e os dotes de cada um e ao mesmo tempo se sabe gerar novas vidas, como também desenvolvimento, trabalho, inovação e cultura.
Pessoa e comunidade são portanto, os fundamentos da Europa que como cristãos queremos e podemos contribuir para construir. Os tijolos de tal edifício se chamam: diálogo, inclusão, solidariedade, desenvolvimento e paz.
Um lugar de diálogo
Hoje toda a Europa, do Atlântico aos Urais, do Pólo Norte ao Mar Mediterrâneo, não pode permitir-se de perder a oportunidade de ser, antes de tudo, um lugar de diálogo, sincero e construtivo ao mesmo tempo, em que todos os protagonistas têm mesma dignidade.
Somos chamados a construir uma Europa na qual podemos nos encontrar e confrontar em todos os níveis, assim como o era em um certo sentido a antiga ágora. Tal era, de fato, a praça da polis. Não somente espaço de troca económica, mas também coração nevrálgico da política, sede em que se elaboravam as leis para o bem-estar de todos; lugar para o qual se assomava o templo, de forma que à dimensão horizontal da vida cotidiana não faltasse nunca o respiro transcendente que faz olhar para além do efémero, do passageiro, do provisório.
Tudo isto nos impele a considerar o papel positivo e construtivo que no geral a religião possui na edificação da sociedade. Penso, por exemplo, na contribuição do diálogo inter-religioso no favorecer o conhecimento recíproco entre cristãos e muçulmanos na Europa.
Infelizmente, um certo preconceito laicista, ainda em voga, não é capaz de perceber o valor positivo para a sociedade do papel público e objectivo da religião, preferindo restringi-la a uma esfera meramente privada e sentimental.
Instaura-se assim também o predomínio de um certo pensamento único², tão difuso nos foros internacionais, que vê na afirmação de uma identidade religiosa um perigo para si e para a própria hegemonia, acabando assim por favorecer uma falsa contraposição entre o direito à liberdade religiosa e outros direitos fundamentais. Existe um divórcio entre eles.
Favorecer o diálogo – qualquer diálogo – é uma responsabilidade fundamental da política, e, infelizmente, se percebe muito frequentemente como ela se transforma antes em um lugar de choque entre forças opostas. As vozes do diálogo são substituídas pelos gritos das reivindicações.
De vários lugares se tem a sensação que o bem comum não é mais o objectivo primário perseguido e tal desinteresse é percebido por muitos cidadãos.
Encontram assim terreno fértil em muitos países as formações extremistas e populistas que fazem do protesto o coração de sua mensagem política, sem todavia oferecer a alternativa de um construtivo projecto político.
O diálogo é substituído ou por uma contraposição estéril – que pode também colocar em perigo a convivência civil – ou uma hegemonia do poder político que aprisiona e impede uma verdadeira vida democrática. Em um caso, são destruídas as pontes e no outro, se constroem muros. E hoje a Europa conhece ambos.
Os cristãos são chamados a favorecer o diálogo político, especialmente onde este é ameaçado e parece prevalecer o conflito.
Os cristãs são chamados a dar nova dignidade à política, entendida como máximo serviço ao bem comum e não como um ocupação de poder. Isto requer também uma adequada formação, porque a política não é “a arte da improvisação”, mas sim uma expressão elevada de abnegação e dedicação pessoal em vantagem da comunidade. Ser líder exige estudo, preparação e experiência.
Um âmbito inclusivo
A responsabilidade comum dos líderes é a de favorecer uma Europa que seja uma comunidade inclusiva, livre de um equívoco de fundo: inclusão não é sinónimo de uniformização indiferenciada. Pelo contrário, se é autenticamente inclusivos quando se sabe valorizar as diferenças, assumindo-as como património comum e enriquecedor.
Nesta perspectiva, os migrantes são um recurso mais do que um peso. Os cristãos são chamados a meditar seriamente a afirmação de Jesus: “Era estrangeiro e me acolheste” (Mt 25,35).
Sobretudo diante do drama dos refugiados e deslocados, não se pode esquecer o fato de se estar diante de pessoas, as quais não podem ser escolhidas ou descartadas ao bel prazer, segundo lógicas políticas, económicas ou até mesmo religiosas.
Todavia, isto não está em contraste com o dever de toda autoridade de governo de gerir a questão migratória “com a virtude que é própria do governante, isto é, a prudência”³, que deve levar em consideração tanto a necessidade de ter um coração aberto, como a possibilidade de integrar plenamente em nível social, económico e político, aqueles que chegam ao país.
Não se pode pensar que o fenómeno migratório seja um processo indiscriminado e sem regras, mas não se podem erguer tampouco muros de indiferença ou de medo.
Por sua vez, os próprios migrantes não devem esquecer o compromisso importante de conhecer, respeitar e também assimilar a cultura e as tradições da nação que os acolhe.
Um espaço de solidariedade
Trabalhar por uma comunidade inclusiva significa edificar um espaço de solidariedade. Ser comunidade implica, de fato, que nos apoiemos reciprocamente e assim, que não sejam somente alguns a poder carregar pesos e realizar sacrifícios extraordinários, enquanto outros permanecem petrificados na defesa de posições privilegiadas.
Uma União Europeia que, ao enfrentar as suas crises, não redescobre o sentido de ser um única comunidade que se sustenta e se ajuda – e não um conjunto de pequenos grupos de interesse – perderia não somente um dos desafios mais importantes da sua história, mas também uma das grandes oportunidades para o seu futuro.
A solidariedade, aquela palavra que tantas vezes parece que se quer tirar do dicionário. A solidariedade, que na perspectiva cristã encontra a sua razão de ser no preceito do amor (cfr Mt 22,37-40), não pode que ser a seiva vital de uma comunidade viva e madura.
Junto a um outro princípio base da subsidiariedade, esta diz respeito não somente às relações entre os Estados e as Regiões da Europa.
Ser uma comunidade solidária significa ter cuidado pelos mais fracos da sociedade, pelos pobres, por aqueles que são descartados pelos sistemas económicos e sociais, a começar pelos idosos e pelos desempregados. Mas a solidariedade exige também que se recupere a colaboração e o apoio recíproco entre as gerações.
A partir dos anos sessenta do século passado está em andamento um conflito de gerações sem precedentes. Ao entregar às novas gerações os ideais que fizeram grande a Europa, se pode dizer hiperbolicamente que preferiu-se a traição à tradição. À rejeição daquilo que vinha dos pais, se seguiu um tempo de uma dramática esterilidade. Não somente porque na Europa se fazem poucos filhos – o nosso inverno demográfico – e muitos são aqueles que foram privados do direito de nascer – mas também porque nos descobrimos incapazes de entregar aos jovens os instrumentos materiais e culturais para enfrentar o futuro.
A Europa vive uma espécie de déficit de memória. Voltar a ser comunidade solidária significa redescobrir o valor do próprio passado, para enriquecer o próprio presente e entregar à posteridade um futuro de esperança.
Tantos jovens se encontram, pelo contrário, perdidos diante da ausência de raízes e de perspectivas, são desarraigados, “ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina” (Ef 4,14); às vezes também “prisioneiros” de adultos possessivos, que sofrem em cumprir a tarefa que lhes corresponde.
É importante a tarefa de educar, não somente oferecendo um conjunto de conhecimentos técnicos e científicos, mas sobretudo trabalhando “para promover a perfeição integral da pessoa humana, como também para o bem da sociedade terrena e para a edificação de um mundo mais humano”(4). Isto exige o envolvimento de toda a sociedade. A educação é uma tarefa comum, que requer a ativa participação ao mesmo tempo dos pais, da escola e das universidades, das instituições religiosas e da sociedade civil. Sem educação, não se gera cultura e se torna árido o tecido vital das comunidades.
Uma fonte de desenvolvimento
A Europa que se redescobre comunidade, será certamente uma fonte de desenvolvimento para si e para todo o mundo. Desenvolvimento tem que ser entendido na acepção que o Beato Paulo VI deu a tal palavra. “Para ser autêntico desenvolvimento deve se integral, o que quer dizer voltado à promoção de cada homem e de todo o homem. Como foi justamente sublinhado por um eminente especialista: “nós não aceitamos separar o económico do humano, o desenvolvimento da civilização onde se insere. Aquilo que conta para nós é o homem, cada homem, cada grupo de homens, até chegar a compreender toda a humanidade” (5).
Certamente, ao desenvolvimento do homem contribui o trabalho, que é um factor essencial para a dignidade e o amadurecimento da pessoa. É preciso trabalho e são necessárias condições adequadas ao trabalho.
No século passado não faltaram exemplos eloquentes de empreendedores cristãos que compreenderam como o sucesso de suas iniciativas dependia antes de tudo da possibilidade de oferecer oportunidades de emprego e condições dignas de ocupação.
É preciso partir novamente do espírito daquelas iniciativas, que são também o melhor antídoto aos desequilíbrios provocados por uma globalização sem alma, uma globalização “esférica”, que mais atenta ao lucro do que às pessoas, criou grande quantidade de bolsões de pobreza, desemprego, exploração e de mal-estar social.
Seria oportuno também redescobrir a necessidade de uma concretude do trabalho, sobretudo para os jovens. Hoje muitos tendem a rejeitar trabalhos em sectores cruciais em outros tempos, porque considerados cansativos e mal remunerados, esquecendo o quanto eles sejam indispensáveis para o desenvolvimento humano.
O que seria de nós, sem o empenho de pessoas que com o trabalho contribuem para a nossa alimentação cotidiana? O que seria de nós sem o trabalho paciente e engenhoso de quem tece as roupas que vestimos ou constrói as casas em que vivemos?
Muitas profissões hoje consideradas secundárias são fundamentais. O são do ponto de vista social, mas sobretudo o são para a satisfação que os trabalhadores recebem em poder serem úteis para si e para os outros por meio de seu esforço cotidiano.
Também corresponde aos governos criar as condições económicas que favoreçam um são empreendedorismo e níveis adequados de emprego. À política compete, especialmente, reativar um círculo virtuoso que, a partir de investimentos em favor da família e da educação, permita o desenvolvimento harmonioso e pacífico de toda a comunidade civil.
Uma promessa de paz
Por fim, o compromisso dos cristãos na Europa deve constituir uma promessa de paz. Foi este o pensamento principal que animou aqueles que assinaram os Tratados de Roma. Após duas Guerras Mundiais e violências atrozes de povos contra povos, era chegado o tempo de afirmar o direito à paz. (6). É um direito. Ainda hoje, porém, vemos como a paz é um bem frágil e as lógicas particulares e nacionais correm o risco de frustrar os sonhos corajosos dos fundadores da Europa (7).
Todavia, ser artífices de paz (cfr Mt 5,9) não significa somente trabalhar para evitar as tensões internas, trabalhar para colocar fim a numerosos conflitos que ensanguentam o mundo ou levar alívio a quem sofre.
Ser agentes de paz significa fazer-se promotor de uma cultura da paz. Isto exige amor à verdade, sem a qual não podem existir relações humanas autênticas, e busca da justiça, sem a qual o abuso é a norma imperante de qualquer comunidade.
A paz exige pura criatividade. A União Europeia manterá fidelidade ao compromisso de paz na medida em que não perder a esperança e saberá renovar-se para responder à necessidade e às expectativas dos próprios cidadãos.
Há cem anos, justamente nestes dias iniciava a batalha de Caporetto, uma das mais dramáticas da Grande Guerra. Ela foi o ápice de uma guerra de deterioração, como foi o primeiro conflito mundial, que teve o triste primado de causar inumeráveis vítimas diante de conquistas irrisórias.
Daquele evento aprendemos que quem se entrincheira dentro das próprias posições, acaba por sucumbir. Não é este, portanto, o tempo de construir trincheiras, mas sim ter a coragem de perseguir com determinação o sonho dos Pais fundadores de uma Europa unidade e concorde, comunidade de povos desejosos de compartilhar um destino de desenvolvimento e de paz.
Ser alma da Europa
Eminências, Excelências, Ilustres hóspedes,
O autor da Carta a Diogneto afirma que “como é a alma no corpo, assim no mundo são os cristãos” (8). Neste tempo, eles são chamados a dar novamente alma à Europa, a despertar a consciência, não para ocupar espaços – isto seria proselitismo – mas para animar processos que gerem novos dinamismos na sociedade.
Foi justamente o que fez São Bento, não por acaso proclamado por Paulo VI Patrono da Europa: ele não se deteve em ocupar os espaços de um mundo perdido e confuso. Sustentado pela sua fé, ele olhou além e de uma pequena gruta em Subiaco deu vida a um movimento corajoso e irreversível que redesenhou o rosto da Europa.
Ele, que foi “mensageiro de paz, realizador de união, mestre de civilização” (10) mostre também a nós cristãos de hoje como da fé brota sempre uma esperança alegre, capaz de mudar o mundo. Obrigado!
Que o Senhor abençoe a todos nós, abençoe o nosso trabalho, abençoe os nossos povos, as nossas famílias, os nossos jovens, os nossos idosos, abençoe a Europa.
Vos abençoe o Deus Todo-Poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Muito obrigado, Obrigado!”
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